Você poderia explicar o hadith sobre assaltar e incendiar a cidade de Ibnâ pela manhã?

Detalhes da Pergunta


1) Pode explicar o hadith: “Ataca Übnâ pela manhã e depois queima-a!” (Abu Dawud, Jihad: 91; Ibn Majah, Jihad: 31)?

– O povo de Übna atacou os muçulmanos?

2) “O Profeta, que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele, costumava atacar (o inimigo) ao amanhecer. Ele escutava atentamente para saber se era hora da oração da manhã. Se ouvisse o chamado à oração, desistia (do ataque). Caso contrário, atacava.” e “Se virem uma mesquita ou ouvirem o chamado à oração (nas terras que visitarem), não matem ninguém (daquelas terras).”

– De acordo com esses hadices, pode-se entender que é permitido invadir um lugar sem antes fazer um convite ao Islã e massacrar as pessoas com a espada, mesmo que não se saiba se são muçulmanas ou não, e mesmo que não haja hostilidade alguma contra os muçulmanos?

Resposta

Caro irmão,

Primeiramente, devemos esclarecer que estas são narrativas

com o direito de guerra

é relevante e

em tempo de guerra

foi dito.


1) A invasão de Übnâ,

Não foi algo feito de repente. Usame b. Zeyd,

A guerra do Profeta Maomé (que a paz esteja com ele) contra os Romanos.

é o comandante de um exército que ele preparou recentemente para isso.

Segundo a tradição, o Profeta (que a paz esteja com ele) ordenou a Usame que fosse até o local onde seu pai havia sido morto (Mute) e, ao chegar à região de Übna, que se encontrava no caminho, que os atacasse de surpresa pela manhã. Porque o povo daquela região…

Eles estavam constantemente perturbando os muçulmanos. Eles haviam assassinado os mensageiros do Profeta.

Era preciso dar-lhes uma lição. O Profeta (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele) quis enviar um exército sob o comando de Usame.

(cf. Ibn Sad, Tabakat, 2/190-191)

A respeito deste assunto, Usame relatou que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele) lhe ordenou o seguinte:


“Amanhã, faça um ataque surpresa a Übnâ, e depois

(os vinhedos, as árvores da região)

queima!”


(Abu Dawud, Jihad: 91; Ibn Majah, Jihad: 31)

Neste hadith, não se fala em queimar pessoas. O que se ordena queimar são produtos como árvores, terras e jardins.

– De acordo com a grande maioria dos estudiosos, é permitido incendiar os jardins e vinhedos do inimigo, se necessário.

(ver Ibn Hajar, Fethu’l-Bari, 6/155)

Na guerra contra os judeus de Beni Nadr, suas árvores e vinhedos foram destruídos e queimados. Após os boatos sobre esse ato,


“Se vocês cortarem as palmeiras ou as deixarem secar na raiz,

(plantado)

E o que vocês deixam para trás é somente com a permissão de Deus, e isso é para que os pecadores sejam humilhados.”


(Haşr, 59/5)

o versículo que diz isso foi revelado e confirmou a correção dessa ação.

Este incidente também apoia a opinião desses estudiosos.

(ver Ibn Kathir, comentário sobre o versículo em questão; Avnu’l-Mabud, 7/197)


2)

Nas fontes, sobre este assunto

“A seção que trata da permissão de atacar os infiéis – sem aviso prévio – aos quais o chamado ao Islã foi transmitido”

é o título utilizado.

(ver também: Muslim, Cihad, 1; Nevevi, Şerhu Müslim, 12/35)

Segundo a tradição, “O Mensageiro de Deus, que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele,

(ao inimigo)

eles faziam a investida (assim que chegava o horário) da oração da manhã.

(Chegou a hora da oração da manhã?)

Ele escutava atentamente. Se ouvisse o chamado à oração, desistia (da invasão). Caso contrário, atacava.”

(Nevevi, 4/84)

– Primeiro, nas fontes de hadices, geralmente as regiões onde esses ataques eram realizados.

“lugares onde os infiéis residem”

foi relatado como. Isso, no entanto, é, em princípio

– de acordo com as informações disponíveis aos indivíduos –

Isso indica que existem lugares onde não há muçulmanos.

– Contra os descrentes aos quais o convite do Islã já foi transmitido.

-sem avisá-los-

Os estudiosos islâmicos discordam sobre se a censura é permitida ou não. Geralmente, existem três pontos de vista:


a)

Não é permitido atacar os infiéis sem aviso prévio, independentemente de terem recebido ou não o convite. Essa opinião, atribuída ao Imam Malik e a outros, é fraca.


b)

É permitido fazer uma investida sem avisá-los, mesmo que o convite não tenha chegado. Essa opinião é considerada ainda mais fraca.


c) De acordo com a terceira opinião,

Se a mensagem do Islã já tiver chegado aos infiéis em questão, avisá-los previamente antes de um ataque não é obrigatório, mas sim recomendável. Se a mensagem ainda não tiver chegado, avisá-los previamente é obrigatório. Esta opinião, que é a da maioria dos estudiosos, é considerada a mais correta.

(ver Nevevi, 12/35-36)


Com saudações e bênçãos…

O Islamismo em Perguntas e Respostas

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