– Como devemos interpretar a alegação de que as escritas sumérias contêm relatos encontrados em livros sagrados?
Caro irmão,
Esta discussão não satisfaz nem os muçulmanos nem os ateístes. Como qualquer pessoa sensata, os muçulmanos acreditam num criador que criou todo o universo a partir do nada. Um ateísta, por não acreditar em Deus, inevitavelmente recorrerá a outras hipóteses. Do ponto de vista científico e lógico, é impossível provar que o universo surgiu espontaneamente, foi construído por causas/elementos ou inventado por leis da natureza.
Porque hoje a ciência tem que admitir que todos os elementos do universo, os átomos e as leis da natureza que ele abriga, foram criados posteriormente. A controvérsia reside apenas na determinação desse período. Existem diferentes opiniões sobre se existiu/foi criado há cinco bilhões, quinze bilhões, vinte e cinco bilhões de anos, etc. Se existiu posteriormente, certamente teve um criador, não há outra explicação. Todo ser racional sabe muito bem que nem uma letra pode ser escrita sem um escritor, nem um edifício pode ser construído sem um mestre, nem um país pode ser governado sem um administrador. Portanto, há um escritor deste livro do universo, um mestre desta construção do universo e um administrador deste reino da terra e do céu.
O fato de que a escrita surgiu na Suméria é baseado em fatos históricos que os humanos conhecem.
Isso não significa que não houvesse escrita antes dos sumérios. Para provar que não havia escrita, seria necessário remontar a fontes históricas confiáveis até a época do primeiro homem, Adão (que a paz esteja com ele), e investigar esses períodos. No entanto, a história só pode ser rastreada com precisão até três mil anos antes de Cristo. É muito difícil obter informações precisas e confiáveis sobre os períodos anteriores, especialmente os anteriores à época de Abraão (que a paz esteja com ele).
(ver B. Said Nursi, Lem’alar, p. 108-109).
Antes, as pessoas também não tinham conhecimento da existência da escrita suméria. O fato de as pessoas não saberem de algo não significa que ele não exista. No Alcorão, fala-se da profecia de Adão (que a paz esteja com ele), de Idris (que a paz esteja com ele) e da missão de Noé (que a paz esteja com ele).
Segundo muitos estudiosos, o primeiro a usar a caneta e a escrever, o primeiro a pensar sobre astronomia e matemática, e aquele que inventou a costura e vestiu roupas costuradas, enquanto antes as pessoas usavam peles de animais, foi Idris, um dos antepassados do profeta Noé. Ele recebeu uma revelação de 30 páginas de Deus.
(ver Zemahşerî, III/24; Beydâvî, IV/165; Savî, III/41).
Alguns descrentes usam esses tipos de inscrições para refutar as religiões.
“As leis de Hamurabi, as inscrições sumérias etc… contêm informações que existiam muito antes da Torá, da Bíblia e do Alcorão. Portanto…”
dizem isso e, como um mercador do Magrebe que encontrou mercadoria, correm de um lado para o outro para vender aqueles produtos podres da descrença que compraram e que são seus clientes garantidos. No entanto,
O Corão nos informa que nenhuma nação foi deixada sem profeta, sem advertência e sem guia.
Esses relatos da história da humanidade confirmam totalmente as informações do Alcorão.
Sabe-se que, na época da Jahiliyya, entre os árabes, ainda estavam de pé vestígios da religião Hanifa de Abraão (que a paz esteja com ele), que remontavam a milhares de anos. A existência da Caaba, o fato de os árabes naquela época a considerarem sagrada, a circundarem e praticarem outros rituais de adoração, são fenômenos históricos que é impossível atribuir a fontes não religiosas. A existência de leis que condizem com a dignidade da humanidade ou de inscrições sobre histórias antigas, embora sejam provas a favor da religião, são fenômenos históricos invertidos pelos ateístas que usam materiais materialistas e anticristãos.
Algumas histórias, como a do Profeta Jó (que a paz esteja com ele).
-se for verdade-
Se a história foi contada muito antes da época em que ele viveu, isso significa que, ao longo da história, houve muitas pessoas que passaram por grandes provações, como o Profeta Jó (as). As observações do Alcorão visam mostrar o fim de tais eventos universais e apresentar a vida desses heróis da paciência, que ocorreram e ocorrerão na comunidade humana, como um exemplo vivo e para que se tire lição da história. Isso também se aplica a figuras negativas como o Profeta Jonas (as), o Profeta Moisés (as) e até mesmo Faraó.
Em resumo;
Os eventos e os personagens mencionados no Alcorão certamente existiram como fatos históricos… No entanto, podem existir eventos semelhantes. Porque a história se repete.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas
