Se nosso livre-arbítrio dependesse apenas da sunna e das práticas recomendadas, não haveria inferno?

Detalhes da Pergunta


– Naturalmente, tanto os cargos no paraíso seriam definidos, quanto ninguém sofreria castigo no inferno.

– Estou dando um exemplo: se uma sunna valesse 10 pontos de recompensa e uma prática recomendada 5 pontos de recompensa (apenas um exemplo, para você entender), ainda assim, os Abu Jahl e os Abu Bakr seriam distinguidos, mas ninguém iria para o inferno?

Resposta

Caro irmão,

Ao apontar alguns pontos falhos contidos nesta pergunta, daremos uma resposta:


a)


Ao organizar a prova, Deus preparou as questões com sua infinita sabedoria e conhecimento.

O Ser Infinito, que nos criou do nada, possuindo sabedoria, conhecimento e poder ilimitados.

Tentar ensinar a Deus como fazer as provas.

É um erro inexplicável pela razão.


b)

A frase “se uma sunna valesse 10 pontos e uma coisa recomendada 5 pontos…” nos leva a entender o seguinte: “Se Deus não responsabilizasse ninguém com obrigações obrigatórias como os preceitos e deveres, mas sim com perguntas sobre sunnas de 10 pontos e coisas recomendadas de 5 pontos, sem obrigatoriedade; aqueles que respondessem à pergunta sobre a sunna seriam superiores àqueles que respondessem à pergunta sobre a coisa recomendada, e assim os bons seriam distinguidos dos maus… No final, ambos entrariam no paraíso, mas com diferentes graus…”


Será que existe um tipo de prova assim no mundo?

Um exame em que todos que participam ganham, e em que não existe a possibilidade de perder! Propor a Deus um sistema de exame que as pessoas evitam por não considerá-lo justo, e esperar que Ele o utilize, é um erro realmente grave.


c)

Digamos que haja um exame com perguntas sobre sunnah e recomendações. As sunnah e recomendações neste exame são ou obrigatórias ou não.


Se forem obrigatórios.

, o que significa que são obrigatórios. Por exemplo, sacrificar um animal para o ritual do Eid al-Adha é obrigatório para os Hanefitas e sunna para os Shafitas. Se você tornar o sacrifício obrigatório, não haverá diferença entre sunna e obrigação. Portanto –

se assim for assumido –

Seja obrigatório ou sunna, quem não fizer a circuncisão não entrará no paraíso e reprovará no exame.


A menos que sejam obrigatórios,

Nesse caso, a prova não é prova. Aquele que não cumpre com os deveres obrigatórios, será que cumprirá com as práticas recomendadas e desejáveis se for deixado à vontade? Aos que são provados neste mundo:

“Estas são as perguntas; respondam ou não, de qualquer forma vocês passarão no exame!”

Existe um sistema de exame que diga isso? É mais lógico não fazer um exame tão absurdo do que fazê-lo.


d)

A resposta de Deus a este tipo de provação é a seguinte:



“Se quisessemos, teríamos guiado a todos. Mas a minha palavra se cumpriu: ‘Preencher-ei o inferno com todos os gênios e homens que negarem a verdade.’”



(As-Sajdah, 32/13)

Este versículo destaca dois pontos importantes:



Primeiro ponto:




“Se quisessemos, teríamos guiado a todos.”


é a frase que significa: “Se quisessemos, daríamos a todos os humanos e gênios a capacidade de responder a todas as perguntas que lhes fôssemos fazer no exame. Todos seriam aprovados. Essa capacidade/iluminação só se realiza de duas maneiras:

Ou se faz um exame de mera formalidade, para que tanto os que sabem quanto os que não sabem sejam aprovados.

Ou então, sem qualquer exame, todos recebem um diploma para o paraíso.



Segundo ponto:


Como expresso na segunda frase do versículo, Deus, por meio de Seu conhecimento eterno e Sua sabedoria imemorial, decidiu realizar uma prova séria, com consequências de recompensa ou punição/paraíso ou inferno, e não uma formalidade. Ele não mudará essa decisão por causa dos desejos ou caprichos de ninguém.



“Não criamos o céu, a terra e o que há entre eles para brincadeira e diversão.”





(Enbiya, 21/16)

No versículo em questão, é salientado que a provação não é uma formalidade, mas sim algo muito sério com consequências importantes.


e)

Além disso, a prova não se trata apenas de coisas insignificantes, que podem ser consideradas sunna ou recomendações.

Por exemplo, injustamente.

matar, roubar, enganar as pessoas, cometer adultério, beber álcool, cobrar juros

e cometer centenas de pecados semelhantes

Em qual categoria você colocaria?

; estes são considerados sunnah (práticas recomendadas) ou apenas recomendações desejáveis?!


Com saudações e bênçãos…

O Islamismo em Perguntas e Respostas

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