Uma afirmação de um ateu:
– Havia uma pergunta muito pertinente sobre o assunto de que cada um é responsável por si mesmo, como mencionado no Sermão da Despedida do Profeta Maomé: por que os filhos de Adão e Eva sofrem as consequências de seus pecados? Isso não é um exemplo de justiça… Claro, você pode dizer que Adão e Eva são apenas símbolos, talvez representem toda a humanidade. Mas nos livros sagrados, eles são descritos de forma muito personificada. Até mesmo o pecado que cometeram é descrito detalhadamente, assim como suas punições. Portanto, não se trata de símbolos, mas de indivíduos.
– Então, se eu não sou responsabilizado nem pelo meu próprio pai, por que sou responsabilizado pelo meu primeiro pai, de acordo com os livros sagrados?
– Como é que o sistema de Deus é justo desta forma?
– Deus é eterno e, tecnicamente, sabe tudo sobre mim, e sabe o que farei, independentemente do meu livre-arbítrio. Porque Deus não está sujeito às noções de espaço e tempo. Para Ele, o que é e o que não é, existe em um só tempo. Então, para que serve um processo de prova que nem precisa acontecer?
– Porque, sendo Ele onisciente, possui a capacidade de executar uma simulação que nós não poderíamos imaginar. Quero dizer, se Ele sabe tudo, por que existe uma prova, se nem precisamos viver algo em um tempo e espaço limitados para nós, e os resultados do que acontece e do que não acontece já são conhecidos?
– Se a prova tem um propósito (digamos, evolução), como e por que há punição por ela?
– Então, onde está a justiça que você mencionou no sistema de Deus?
– Atribuir os 99 nomes e muitos outros adjetivos de forma mecânica pode ser, mas são sem sentido.
Caro irmão,
– Nenhuma pessoa é punida por causa do pecado de seu pai, Adão.
Essas são falácias de alguns cristãos. De acordo com o Islã, a responsabilidade individual é fundamental. As verdades que o Profeta Maomé (que a paz esteja com ele) disse em seu Sermão da Despedida também estão contidas em muitos versículos do Alcorão.
– Que algumas pessoas vão para o paraíso e outras para o inferno,
É uma clara demonstração de que não há recompensa nem punição para os filhos de Adão e Eva. Caso contrário, todas as pessoas deveriam ir para um único lugar.
– Na pergunta
assunto de exame
é uma questão de destino. Podemos explicar isso da seguinte forma:
Que Deus tenha uma vontade universal e abrangente, válida em todos os lugares, é uma condição essencial para que Ele seja o Criador, o Senhor e o Deus.
No que diz respeito ao destino, tanto o bem quanto o mal são criados por Deus.
Mas aqueles que são submetidos à provação também não são meros fantoches. Eles têm uma participação importante na ocorrência daquelas maldades.
O ponto importante a ser observado é que, em assuntos que dizem respeito às pessoas, todo evento tem dois lados:
Alguém:
São pontos de inspiração para a criação, inspirados pela criação de Deus.
Portanto, Deus é o criador tanto do bem quanto do mal.
A Tevhid/a unicidade de Deus exige isso.
O outro:
As disposições, inclinações e ações que visam o ganho humano e não contêm ato de criação são meios por meio dos quais Deus cria. Para que a prova seja feita com livre-arbítrio e para que os humanos sejam responsabilizados pelos resultados, é necessário que lhes seja concedida essa vontade limitada, e foi dada aos servos para que a justiça se estabeleça.
Por exemplo, se há uma doença, o criador dela é Deus. Mas os aspectos que não contêm pontos de criação pertencem ao homem. Por exemplo, beber água gelada enquanto se está suado é um abuso, e o homem é o responsável pelas consequências. Ele é responsável por suas amígdalas inflamadas, por ter gripe. Mas Deus é quem criou a doença.
A pessoa educada, como Abraão (que a paz esteja com ele), considera que o mal lhe pertence por meio da mediação, enquanto o bem pertence a Deus por meio da criação, e diz:
“Quando eu adoecer, Deus me cura.”
(Al-Shu’ara, 26/80)
der.
Se pensarmos assim, então não deveríamos ficar zangados com quem nos quebra um braço, uma perna, nos rouba os bens, ou até mesmo mata uma pessoa. E Deus também não deveria puni-los.
“Dize: Eis a verdade que vos vem do vosso Senhor. Que cada um creia, se quiser, e que cada um negue, se quiser.”
(Al-Kahf, 18/29)
– O destino é uma forma de conhecimento de Deus. O que está escrito na Levh-i Mahfuz é um reflexo desse conhecimento divino infinito. Assim como todos os seres, a trajetória de vida de cada pessoa, com todos os seus detalhes, é conhecida por Deus e está escrita em seu livro.
Que Deus conheça tudo em detalhes, o passado e o futuro, é uma consequência de seu conhecimento eterno. Caso contrário, estaria sendo atribuída a Deus a ignorância, o que é rejeitado por todo o universo.
O ponto crucial aqui é:
O conhecimento de Deus não obriga ninguém a seguir uma determinada direção.
é compreender a verdade. De fato, o atributo do conhecimento,
poder
é diferente do adjetivo.
O poder tem força coercitiva.
Do conhecimento.
Não tem poder de sanção, nem de coerção. Deus sabe como as coisas serão. Deus é justo, não comete injustiças. Aceitar isso é fundamental para a fé em Deus.
Portanto, para que Deus possa tratar de forma justa os servos que Ele submete à prova, Ele certamente lhes concedeu, juntamente com elementos como coração, razão e sentimento, também uma vontade livre.
E o fato de Ele saber o resultado da provação antes que ela aconteça nunca significará uma interferência na livre vontade. Porque Deus sabe onde e como cada ser com livre vontade usará essa vontade.
Em resumo,
Deus,
não apenas sabe quem vai para o céu ou para o inferno, mas também
Ele também sabe por que negócios cada um vai para lá.
Clique aqui para mais informações:
– Se Adão não tivesse cometido pecado, estariamos realmente no paraíso agora?
– Se o diabo não tivesse sido criado, estaríamos todos no paraíso?
– Se o que vamos fazer está escrito no nosso destino, qual é a nossa culpa?..
– Deus não sabia o que estava criando quando nos criou?
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas