“Não façam amizade com judeus cristãos”
–
Havia um versículo a esse respeito. Partindo disso, se nos tornarmos amigos de descrentes (judeus, cristãos, ateus etc.), sairemos da fé?
– Digamos que eu seja muçulmano, mas se eu trabalhasse para converter pessoas à descrença por dinheiro, ou seja, por interesses próprios, e conseguisse, eu também deixaria de ser muçulmano, ou seja, me tornaria um descrente?
Caro irmão,
Resposta 1:
– Ser amigo dos infiéis pode acontecer de duas maneiras:
a)
Aquele que se torna amigo de infiéis, como os Ahi-Kitab, por causa de sua religião, ou de infiéis, como os ateus, por causa de sua descrença, imediatamente se afasta da fé. Porque quem ama uma religião errada ou a descrença, é seu apoiante.
– indiretamente –
Significa que ele não considera a religião islâmica correta.
Porque, assim como o Alcorão enfatiza que as religiões cristã e judaica não são mais válidas, todo tipo de ateísmo é rejeitado. No entanto, amar aqueles que pensam dessa forma por causa dessas ideias significa negar a religião islâmica.
b)
A segunda forma de amor é:
Amar verdadeiramente os infiéis não significa aprovar suas crenças infiéis, mas sim demonstrar proximidade com eles por outros motivos; amar suas boas qualidades humanas.
Por exemplo:
-Que Deus nos proteja-
Mesmo que o filho de um muçulmano seja um infiel, ele ainda pode demonstrar afeição por ele. Essa afeição não é por causa da descrença dele, mas sim por ser seu filho.
Ou, alguém que faz negócios com um infiel certamente lhe demonstra proximidade. Essa proximidade, no entanto, não é por causa da infidelidade dele, mas sim por ética comercial e interesse mundano.
Da mesma forma, de acordo com o Islã, um muçulmano pode se casar com uma mulher judia ou cristã.
Como qualquer pessoa, este homem não amaria sua esposa, que não é muçulmana? Claro que sim, e esse amor não é porque ela não é muçulmana, mas sim porque ela é sua esposa.
– A amizade que o Alcorão proíbe com os Ahl-i Kitab se refere à amizade descrita na primeira opção.
Clique aqui para mais informações:
“Não façais amizade com judeus e cristãos!”
Resposta 2:
Existe uma regra no Islã que diz o seguinte:
“Aconcordar com a blasfêmia é blasfêmia.”
A base desta regra são as passagens do Alcorão, como o versículo que significa:
“E Deus vos revelou no Livro: Não vos assenteis com eles até que digam outra coisa, quando ouvirdes que os versículos de Deus são negados ou ridicularizados; caso contrário, sereis como eles. E Deus reunirá os hipócritas e os incrédulos no fogo do inferno.”
(Al-Nisa, 4/140)
– Como Kurtubi também mencionou, no versículo em questão,
“Senão, vocês também serão como eles.”
O que fica claro na tradução é que, onde os versículos são negados ou ridicularizados…
(sem justificativa)
parar,
-porque significa concordar com isso-
é blasfêmia. Onde há blasfêmia –
sem justificativa –
parar na blasfêmia, onde está o pecado
-sem justificativa-
parar, por sua vez, é participar do pecado.
(ver Kurtubi, local relevante)
– Sendo esta a verdade evidente, não apenas concordar com a incredulidade, mas também esforçar-se para induzir à incredulidade é, sem dúvida, muito perigoso. Porque desejar ou concordar com a incredulidade de alguém significa apoiar a incredulidade.
Contudo, toda blasfêmia é uma grande rebelião contra Deus. Desejar que haja rebelião contra Deus é incompatível com a fé.
Da mesma forma, Deus não aprova a incredulidade. Portanto, desejar que alguém se torne incrédulo, muito menos tentar que se torne incrédulo, significa apoiar a realização de um ato que Deus não aprova, não tolera. Isso é incompatível com a fé e a consciência religiosa.
– Além disso, todo
Uma das obrigações fundamentais de um muçulmano é encorajar e orientar as pessoas a crerem e a viverem de acordo com o Islã.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas