Nosso estado e suas leis são ídolos (tāghūt). É permitido enganar o estado para não se submeter a essas leis? Não é permitido obedecer a essas leis, então como devemos agir?
Caro irmão,
Na elaboração das leis penais aplicadas em muitos países do mundo islâmico, naturalmente não se recorre aos métodos e regras islâmicas nos parlamentos nacionais, e a lei islâmica não serve como parâmetro. Em vez disso, eles tomam como referência as leis aplicadas em países poderosos. No entanto, não há contradição entre as penas aplicadas em estados islâmicos e em outros estados não muçulmanos para crimes cujas sanções são especificadas no Islã, como assassinato, adultério, roubo, difamação (atribuindo falsamente adultério a uma pessoa inocente) e consumo de álcool, exceto para crimes que não são considerados crimes religiosos, mas sim crimes legais. Ou seja, eles podem ser compatíveis. Porque a determinação do tipo e da quantidade da pena para crimes cujas sanções não são especificadas no Islã é deixada para os estudiosos e jurisconsultos da época. Essas penas podem ser de prisão, pois a pena para crimes cujas sanções não são especificadas no Islã é o *ta’zir*.
Tazirin
Existem vários tipos, há os graves e os leves (Ibn Abidin, IV / 308).
Há muitas coisas que apenas a religião islâmica considera crime, mas que, de acordo com as leis atuais, não são crime em muitos países do mundo:
Como abrir e administrar um bar e um bordel.
Muitas coisas que são consideradas crimes pela lei em vigor em muitos países hoje em dia não são consideradas crimes de acordo com o Islã.
Em geral, se algo não é proibido pelas leis do Estado, mas é considerado haram (proibido) pela religião, então é proibido fazê-lo. Mesmo que uma ação seja permitida pela religião, mas proibida por lei, é necessário obedecer às leis do Estado, pois são elas que a proíbem.
(Halil GÜNENÇ, Fetaivas sobre Questões Contemporâneas, II / 248)
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas
