Caro irmão,
– Nosso guia disse que não há ninguém que não saiba que o álcool é proibido.
– Será que é possível imaginar que Mevlana, que cativou o mundo e deixou todos admirados, duvidasse da proibição do álcool, não soubesse que o vinho era proibido ou, sabendo disso, o considerasse lícito, quando um crente de sete anos não duvida da proibição do haram?
– Como humanos, nós somos cautelosos mesmo com alguns hadiths que têm cadeias de transmissão fracas, e temos dúvidas sobre a validade dessas cadeias de transmissão, e nós pensamos que ele é uma dessas pessoas.
– Sabe-se que o amor ocupa um lugar importante na tradição sufista. Quem observar os diários dos amantes verá isso. Observamos também que o excesso de afeição, reflexo desse amor divino que se acredita existir entre eles, é frequentemente mal interpretado.
– Acreditamos que um dos pontos que geram confusão neste assunto é a interpretação errada do símbolo usado como representação de .
Além da embriaguez que proporciona, existe algo mais. Os mestres do amor, os entendidos na matéria, em suas conversas, usam símbolos para descrever a embriaguez espiritual, a intoxicação. Portanto, as conversas dos entendidos estão sujeitas a mal-entendidos na linguagem dos ignorantes.
Por esse motivo, aqueles que não são especialistas podem cometer erros significativos ao traduzir ou explicar tais expressões.
Além disso, há uma frase de Muhyiddin Arabi, um místico, que tem esse significado. Por esse motivo, aqueles que não conhecem os temas metafóricos mencionados na pergunta não deveriam ler esse tipo de obra. Porque, ao fazê-lo, tanto se prejudicam quanto cometem pecado ao mal-interpretar esses grandes homens.
É preciso evitar difamar pessoas que são consideradas figuras respeitadas no mundo islâmico e não dar crédito a elas, independentemente de quem as mencione.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas
