Caro irmão,
Não podemos fazer tal generalização.
De acordo com Sua sabedoria, Deus faz advertências e repreensões aos crentes e aos descrentes de várias maneiras, para que as pessoas aprendam a lição.
Atualmente, é impossível para a humanidade prever com antecedência o local, o momento e a intensidade de um terremoto. Com os avanços tecnológicos, levando em consideração o tempo, a frequência e a intensidade dos terremotos passados, algumas falhas geológicas foram identificadas na superfície da Terra, e essas regiões foram denominadas zonas sísmicas com base no risco que representam.
No entanto, isso não significa que não haverá terremotos em uma região onde nenhuma falha foi detectada, e na verdade, somos testemunhas disso com muita frequência.
Cabe a nós, com base no ponto que a ciência alcançou, construir nossas cidades e edifícios de acordo com as instruções dos especialistas e administradores, ou seja, dos “responsáveis pelos assuntos”, em locais abertos à construção e que não pareçam ser áreas de risco.
Depois de fazer isso, ou seja, depois de tomarmos nossas precauções, confiar no destino a Deus, orar a Ele e confiar Nele é o que devemos fazer. Se não tomarmos nossas precauções, ou seja, se construirmos um prédio sobre uma falha geológica, Deus provavelmente nos castigará por isso.
Por outro lado, não devemos esquecer que, se Deus quiser castigar ou ensinar uma nação por seus pecados, não precisa de terremotos; pode usar fogo, enchentes, dilúvios, tempestades, tornados, granizo, neve, avalanches, gafanhotos, etc., e, como vemos hoje em dia, até mesmo um vírus para fazer o que quiser. Ele pode destruir a fortaleza dos Faraós e Nemruds, seus sistemas injustos e proibidos, com um exército microscópico.
Ou seja, à primeira vista, todas as razões são apenas um véu. O que nos cabe é refletir.
Por exemplo, há cerca de 900 anos, Deus enviou o infiel mongol do leste e o infiel cruzado do oeste contra o mundo islâmico, tomou Jerusalém de suas mãos e a deixou nas mãos dos infiéis por um ou dois séculos. Para que os muçulmanos pudessem pensar: “Por que isso nos aconteceu?”.
Observando hoje, vemos que naquela época o mundo islâmico se estendia por uma vasta geografia, e o estado islâmico começou a governar terras tão grandes que incluíam a Espanha no oeste. Mas, devido ao sectarismo, racismo, jogos de poder e ambições mundanas, eles se fragmentaram e desobedeceram à ordem de Deus, e, como diz o Alcorão, a situação se manifestou.
Como não havia a aprovação de Deus nesses casos, Ele, em Sua sabedoria, não enviou um desastre como o que conhecemos, mas sim enviou outros de Seus servos para castigá-los, como uma advertência divina.
Assim como concedeu o domínio do mundo a uma tribo de apenas 400 tendas, que buscava a aprovação de Deus e se esforçava para unir o mundo islâmico em um só punho, por estarem no caminho da verdade…
Cabe aos muçulmanos não abandonarem o Alcorão e, caso sofram alguma calamidade, buscarem a culpa em si mesmos e consultarem o livro.
Naturalmente, espera-se que os não-muçulmanos também aprendam com o que está acontecendo, entendam que as respostas satisfatórias a todas essas perguntas estão apenas no Islã, que se convertam à fé e que lhes seja dado tempo para se arrependerem e melhorarem suas vidas.
Portanto, em qualquer tipo de calamidade, seja ela um muçulmano ou um não muçulmano, devemos saber que a pessoa merece isso e que Deus permitiu que essa calamidade acontecesse.
Por esses motivos, o Alcorão ordena:
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas
