Caro irmão,
A verdade sobre este assunto é a seguinte:
– Seja quem for o assassino e a vítima, há um ser humano que foi injustamente morto.
– Os estudiosos têm opiniões divergentes sobre a aplicação da lei do talão, que é uma punição no mundo.
, é necessário para que a vingança seja aplicada. Como um infiel não é equivalente a um crente, e um escravo não é equivalente a um senhor, um crente que mata um infiel não é punido com a vingança, assim como um senhor que mata um escravo não é punido com a vingança.
Podemos listar os argumentos desses três teólogos da seguinte forma:
Em um hadith autêntico, o Profeta (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele) disse:
Além disso, em um hadith que é relatado tanto como marfūʿ quanto como mawqūf, há a seguinte declaração:
A expressão contida no versículo, que diz: “e entre os escravos, e entre os livres”, indica que a vingança será entre os escravos e entre os livres.
igualdade em termos de religião ou status social, segundo eles:
A referência no hadith é ao infiel que está em guerra. A expressão usada no hadith é um indicativo disso. Portanto,
De acordo com uma tradição relatada como hadith musnad e mursal, o Profeta (que a paz esteja com ele) aplicou pessoalmente a pena de retaliação a um muçulmano que matou um infiel, e disse:
Isso demonstra que a equivalência não é um requisito para a vingança.
De acordo com os estudiosos da escola Hanefita, o versículo em questão não faz distinção entre homens e mulheres, livres e escravos. Pelo contrário, como relatado em um hadite, algumas tribos árabes da época da Jahiliyya, considerando-se superiores, tinham chegado à seguinte conclusão: “Se um escravo de outra tribo matar um escravo de nossa tribo, nós, como vingança, mataremos um homem livre daquela tribo, e não o escravo assassino. Se uma mulher de outra tribo matar uma mulher de nossa tribo, nós, como vingança, mataremos um homem daquela tribo, e não a mulher assassina.” Este versículo foi revelado para corrigir essa decisão injusta e cruel.
De acordo com isso, a mensagem transmitida pelo versículo é a seguinte:
– Embora o versículo não mencione explicitamente, os estudiosos islâmicos concordam que a lei do Talão (qisas) se aplica tanto a homens quanto a mulheres.
Isso demonstra que existem interpretações do versículo feitas por estudiosos da escola Hanefita.
Como mencionado acima, a primeira frase do versículo sobre a lei do talão, que é a tradução literal, expressa um significado geral sem impor nenhuma restrição, indicando que a lei do talão será aplicada independentemente da identidade da vítima.
Outro argumento usado pelos hanafitas é a menção, no versículo que diz “sem distinção de identidade”, sem fazer distinção entre as identidades.
Há também um argumento racional usado pelos Hanefitas, que é o seguinte:
– Não se deu o exemplo de escravos porque eles não são considerados propriedade. Portanto, se por acaso se considerasse que um escravo era propriedade, se um homem livre o roubasse, certamente seria punido por roubo. Assim, aqui também a igualdade das vidas é comparada à igualdade das propriedades.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas