Caro irmão,
Não é correto que um terceiro interrompa a conversa de duas pessoas sobre um assunto antes que ele seja resolvido, atrapalhando-as. O mesmo acontece nas compras. Às vezes, vemos os problemas que isso causa.
Não é correto intervir e disputar um bem que um irmão nosso já começou a negociar para comprar, antes que a negociação tenha um resultado positivo ou negativo. No entanto, em alguns casos, vemos que a venda de bens por meio de leilão é permitida, conforme uma prática do nosso Profeta (que a paz seja com ele):
A um pobre que lhe pediu algo, o Profeta (que a paz esteja com ele) pediu que trouxesse a estufa que tinha em casa e a vendesse em leilão, usando parte do dinheiro para comprar comida para casa e o restante para comprar um machado e trabalhar. (Abu Dawud, Zakat 26; Tirmizi, Büyu 10)
O Profeta Maomé (que a paz esteja com ele) considerava a licitação legítima e, pessoalmente, vendeu os pertences domésticos de um de seus companheiros por meio de um leilão, preferindo quem ofereceu o preço mais alto.
No entanto, ele não considerou lícito reduzir ou aumentar excessivamente o valor da mercadoria, considerando-os como redução ou aumento abusivo, e declarou os que o faziam como fraudulentos. Portanto, embora as vendas em leilões sejam lícitas e válidas mesmo na escola Hanefita, reduzir ou aumentar o preço por meio de um acordo prévio não é considerado lícito e não é visto como uma atitude honesta. A venda de mercadorias online é lícita, desde que se cumpram essas condições.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas
