– O que você pensa sobre não acreditar na instituição da profecia e sobre a necessidade dessa instituição?
Caro irmão,
O ser humano,
uma criatura dotada de livre-arbítrio…
Ele pode falar o que quiser; não está condenado a algumas sílabas. Ele pode ir na direção que quiser; não está preso a um determinado lugar. E o ser humano é um ser que vive em sociedade; em relação multifacetada com outros seres humanos.
Eis que o homem, juntamente com o dom da vontade e da liberdade, foi submetido a uma grande prova. Ele foi colocado como candidato ao paraíso e ao inferno.
Ele foi colocado no cruzamento das estradas. Por outro lado, o homem, com seus seres vivos e inanimados, incorpora em si os caracteres de muitos seres do universo.
Pode ser duro como pedra, ou macio como algodão. Em astúcia, supera as raposas, e em crueldade, deixa as feras muito para trás.
Portanto, é necessário um guia para esse ser que pode ir em qualquer direção, fazer o que quiser, agir de forma correta ou incorreta e dizer coisas muito diferentes, ou mesmo opostas.
Este guia,
“mente”
não pode. Porque a razão não tem a capacidade de responder a perguntas como: quem criou este mundo, o que Ele espera de nós, com quais ações Ele está satisfeito, para onde nos leva a vida após a morte, e muitas outras questões semelhantes. Essa incapacidade da razão humana no campo da metafísica é o que torna necessário um guia que oriente a humanidade. E esse guia é…
é profeta.
O profeta é o modelo humano aprovado por Deus. É a figura exemplar cuja imitação leva à verdade e à orientação. E o profeta possui a virtude da imaculabilidade. Ou seja, dele não pode emanar nenhuma palavra, ato ou ação que Deus não aprovaria. Ele está, nesse ponto, sob a vigilância divina e a proteção sobrenatural. Tanto suas palavras, quanto seus atos e seu comportamento são faróis de orientação para a humanidade.
“Mensageiro”
como tal, ele apenas ordena às pessoas o que é justo, verdadeiro e belo, e a estas
“EUA”
na sua qualidade de, no nível mais avançado, ele próprio se adequa.
Por outro lado, a prova é feita de acordo com a medida da justiça. A medida da justiça de um professor na prova exige prática, aplicação… Da mesma forma, Deus precisa fazer com que seus servos pratiquem para a prova, como um professor faz com seus alunos. A prática, por sua vez, ocorre com um professor instruído e com um livro/apostila em mãos.
Os profetas são os professores da escola da vida da comunidade humana, e os livros sagrados são as anotações das aulas.
“Não castigamos ninguém sem enviar um profeta.”
(Isrā, 17/15)
O versículo em questão chama a atenção para essa verdade.
– Além disso, a criação deste vasto universo certamente tem muitos propósitos. Para imaginar que o universo, repleto de sabedoria em todos os seus aspectos, seja sem propósito, absurdo e inútil, é preciso ser louco. Entre esses propósitos, o principal é, antes de tudo, que Deus se manifeste e que seus servos o conheçam.
“Criei os gênios e os humanos para que me conhecessem e me servissem.”
(Zariyat, 51/56)
A passagem bíblica em questão aponta para essa verdade. Os servos não podem aprender esse reconhecimento e serviço sem um mestre e um livro.
– É o livro da criação, um Corão encarnado que reflete os nomes e atributos de Deus, que os ensina, que reflete Seu conhecimento e poder infinitos. Para aprender os significados profundos, os detalhes sutis e as mensagens que revelam o Criador Supremo do livro da criação, é necessário um mestre que o ensine. Caso contrário, por mais maravilhoso que seja um livro, se seus significados não forem conhecidos e não houver um mestre para ensiná-lo, ele não difere de um simples pedaço de papel em branco.
Assim como, se não houvesse um livro como o Alcorão, que ensina o livro da criação com as suas mais sutis belezas, explicando a sua ligação com o Criador e o propósito da sua criação, e um mestre como o Profeta Maomé (que a paz esteja com ele), seria possível compreender esses mistérios sutis do livro da criação? De fato, aqueles que não dão ouvidos ao Alcorão e ao Profeta Maomé (que a paz esteja com ele), com seus pensamentos materialistas, consideram o universo como um fantoche sem sentido, sem propósito e sem objetivo, assim como consideram os seres humanos como miseráveis, sem saber de onde vêm, para onde vão, por que vieram e por que desaparecerão depois de um tempo.
Eis uma forma de corrigir esses equívocos.
livro
e aquele livro
Professor(a)
é necessário.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas