– Na política e na vida social, muitas pessoas não aceitam os atos negativos que cometeram. Ou negam ou encontram uma desculpa para o que fizeram. Quando se diz a alguém que fez algo errado, essa pessoa imediatamente ataca a outra parte. Poderia me explicar as razões para essa psicologia?
– Por que essas pessoas fazem isso? Qual pode ser a solução para isso, no contexto dos versículos e hadiths?
Caro irmão,
– Por natureza, o ser humano ama seu ego/seu eu. Os olhos do amor são cegos, não veem os defeitos da pessoa amada. Mesmo que os veja, os ignora por mil razões.
– Na verdade, foi dado para santificar o seu Senhor, e não a si mesmo.
“reflexo de proteção”
por causa do seu egoísmo, ele tenta usá-lo para o seu próprio benefício, o que é uma obsessão psicológica.
– Bediüzzaman Hazretleri declarou a lição que tirou do Alcorão sobre o aprimoramento do eu, da seguinte forma:
“
Portanto, não se considerem purificados.
Como indica o versículo “(Não justifiquem a alma)”, não se deve purificar a alma / não se deve tentar justificar a alma. Pois o homem, por natureza e instinto, ama a sua alma.“Talvez, primeiramente e por si só, ame apenas a si mesmo, sacrificando tudo ao seu ego. Louva seu ego de maneira digna do Ser Supremo (a entidade a quem se presta culto). Purifica e absolve seu ego de defeitos com uma pureza digna do Ser Supremo. Tanto quanto possível, não considera nem aceita os defeitos como próprios. Defende seu ego com veemência, como se o adorasse.”
“Até mesmo o que foi depositado em sua natureza e
Os meios e a aptidão que lhe foram dados para louvar e glorificar o Deus Verdadeiro,
gastando com seus próprios desejos
Quem toma a sua própria vontade como deus.
Ele se torna merecedor do segredo do versículo (que diz: “Aquele que toma sua própria alma, seus desejos e caprichos como deus”). Ele se vê, confia em si mesmo, se admira.Eis a purificação, a depuração (limpeza) neste nível, nesta etapa (passo/nível):
Não o absolver é o mesmo que não o inocentar.
(ver Palavras, p. 477)
– Como se pode entender por esta explicação, a defesa injusta da própria alma, a negação dos seus defeitos e o amor quase idolatrico a ela própria são a causa. Usar os instrumentos de “louvor e santificação/perfeição” dados a Deus, o verdadeiro Deus, em benefício da própria alma, que tanto se ama, é uma obsessão psicológica. Aceitar os defeitos da própria alma, no entanto, é uma virtude. Aceitar os defeitos em nome da virtude traz respeito perante Deus. É preciso convencer a alma a isso.
–
“Isenção de culpa”
A fim de que se possa tirar uma lição importante, gostaríamos de apresentar a tradução completa do versículo sobre o assunto:
“Os bons evitam os grandes pecados, embora não se isentem de pequenos erros e pecados, e de atos de imoralidade flagrante. O perdão do teu Senhor é vasto. Ele sabe muito bem qual era a vossa natureza quando vos criou da terra e quando érais embriões no ventre de vossas mães. Portanto, não vos justifiqueis nem vos vanglorieis, pois Ele sabe muito bem quem tem mais temor de Deus e se abstém de transgredir os Seus mandamentos.”
(Al-Najm, 53/32)
– Podemos entender claramente deste versículo que, em termos modernos,
“o nosso chefe de registro”
É o nosso Senhor que nos criou; quem se vangloria a si mesmo torna-se um funcionário arrogante que tenta preencher o próprio registro.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas