Podemos realizar as orações que são descritas como virtuosas, mesmo que sejam inventadas?

Detalhes da Pergunta


– Aquele a quem chega uma narrativa sobre algo que Deus, o Altíssimo, considera virtuoso, e que age de acordo com ela, acreditando em Deus, o Altíssimo, e esperando a recompensa, mesmo que essa coisa não seja assim, e a narrativa seja falsa, e mesmo que a pessoa que transmitiu a notícia seja mentirosa, Deus, o Altíssimo, concede a esse servo a recompensa por sua fé. (Dailami, Musnad al-Firdaus, nº 5757, 3/559-560; Abu Muhammad al-Hallal, nº 19, pág. 78; Hasan ibn Arafah, pág. 63; Khatib, Tarikh Baghdad, 8/293)

– Relatado por Anas ibn Malik (que Allah esteja satisfeito com ele): Aquele a quem chega uma narrativa sobre uma virtude de Allah, mas não acredita nela, não alcançará essa virtude. (Abu Ya’la, al-Musnad, nº 3443, 6/16; Tabarani, al-Mu’jam al-Awsat, nº 5125, 6/60; Ibn Adi, al-Kamil, nº 6919, 2/59; Daylami, Musnad al-Firdaus, nº 5758, 3/560; Haythami, Majma’ al-Zawaid, nº 660, 1/375)

– Relatado por Anas ibn Malik (Ra): Aquele a quem chega uma virtude de Allah ou de mim, seja essa notícia verdadeira ou não, se a praticar esperando a recompensa, Allah lhe dará a recompensa. (Ibn Hibban, Kitâbu’l-Mecrûhîn, 1/199; Ali el-Muttakî, Kenzü’l-Umâl, nº 43132, 15/791)

– Com base nesses hadiths, podemos realizar orações que, embora inventadas, são descritas como virtuosas?

– De um lado, temos esses fatos, e de outro lado;

“Quem atribuir a mim uma palavra que sabe ser falsa, será um mentiroso.” (Mussulmã, Introdução, 1; Tirmizi, Ciência, 9/2662; Ibn-i Mája, Introdução, 5/39; Ahmad, I, 112)

“Quem me atribuir coisas que eu não disse, que se prepare para o seu lugar no Inferno!” (Buhari, Ilm, 38)

– Existem hadices que parecem contraditórios entre si, então qual é a explicação dos hadices iniciais?

Resposta

Caro irmão,


“Quem transmitir uma palavra que se sabe ser falsa como um hadith meu, será um mentiroso.”


“Que aquele que me atribui coisas que eu não disse se prepare para o seu lugar no inferno!”

As narrativas de hadices que dizem isso são autênticas.

Ambas as narrativas

“uma tradição”

embora soubesse que era falso

quem transmitiu isso como hadiz”

é relevante. Porque é certo que uma narrativa que foi identificada como inventada não é uma palavra do Profeta (que a paz esteja com ele). No entanto, atribuí-la ao Mensário de Deus significa atribuir-lhe uma mentira deliberadamente, o que só o inferno pode purificar.

– Neste ponto, gostaríamos de salientar que:

Não encontramos nenhuma das narrativas iniciais da questão em fontes de hadices autênticas.

Mesmo assim, não há problema em considerá-los fracos.

Aliás,

Ibn Hibban

como fonte de alguns estudiosos

“Livro dos Feridos, 1/199”

levando o nome de

Este livro é dedicado àqueles que foram criticados com base nos critérios da ciência do hadiz.

Uma das fontes fornecidas na pergunta é

“Mecmau’z-zevaid” de Heysemi

é uma obra de. O fato de a narrativa estar presente nessa obra não significa que ela seja autêntica. Aliás, é mencionado ali que um dos narradores é fraco,

que a história é fraca

foi marcado

(ver Mecmau’z-zevaid, h.no: 661)


“Aquele a quem chega uma tradição sobre algo que é virtuoso aos olhos de Deus, e ele age de acordo com ela, acreditando em Deus e esperando a recompensa, mesmo que a tradição seja falsa e não seja verdade,

(mesmo que a pessoa que transmitiu a notícia seja mentirosa)

Deus concede a esse servo a recompensa por essa crença.”

No hadith relatado por Deylemi (nº 5757), que incluímos entre parênteses ao fornecer a tradução,

“mesmo que a pessoa que transmitiu a notícia seja mentirosa”

A expressão não consta.

O que se deve entender dessas narrativas contidas na pergunta é o seguinte:


Se alguém receber uma informação sobre a virtude de uma ação em um hadiz e, acreditando em Deus e esperando sua recompensa, realizar essa ação…

-mesmo que a narrativa não seja realmente autêntica-

ganha mérito.

É importante prestar atenção aos seguintes pontos:


a)

Nesta narrativa, a pessoa não sabe que a história é inventada e a considera verdadeira, por isso age de acordo com ela.


b)


A opinião da maioria dos estudiosos é que é possível agir com base em narrativas fracas sobre virtude.

De acordo com isso, quem, em termos de critérios de hadiz?

– desde que não seja inventado/ficcional

– pode praticar virtude mesmo sabendo que é fraco. Porque aqui não se trata de uma questão de permissível ou proibido.


c)

Mesmo que seja sobre virtude, não é permitido que alguém que sabe que uma narrativa é inventada aja com base nela. Porque, nesse caso, ele sabe que as palavras em questão não pertencem ao Profeta (que a paz seja com ele), mas ainda assim…

fazer de conta que as palavras são suas

, ele se enquadraria nas ameaças contidas nos hadiths sobre esse assunto.


d)

Se ele souber que um hadiz que está relatando é inventado, ele não deve aconselhar a virtude nele contida.

-sabendo que não é um hadiz-

Se cumprir, não há problema.

Por exemplo,

“Aquele que recita a sura Al-Ikhlas cem vezes após a oração do meio-dia… recebe tanta recompensa.”

Se, por exemplo, alguém fosse induzido a acreditar que uma certa declaração era um hadiz, quando na verdade não era, e agisse com base naquilo que considerava um ato virtuoso,

-não é pecado-

ganha mérito.


e)

Embora não haja fontes que contenham narrativas relevantes sobre este assunto, e mesmo que fossem consideradas autênticas, acreditamos que seria apropriado avaliá-las dentro do contexto dos pontos mencionados.


Com saudações e bênçãos…

O Islamismo em Perguntas e Respostas

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