Podemos chamar os alevitas de muçulmanos?

Resposta

Caro irmão,

Na verdade, não há nenhum impedimento religioso para que um muçulmano ou uma ordem sufista considere o amor a Ali (que Deus esteja satisfeito com ele) como base de sua profissão e caráter. Desde que não haja agressão aos outros companheiros, que se cumpra a oração, o jejum e outras responsabilidades à luz do Alcorão e da Sunna, não há nenhum inconveniente em adotar o amor a Ali (que Deus esteja satisfeito com ele) e à Ahl al-Bayt como guia. A verdade é que um alevi verdadeiro, que conhece e vive de acordo com o Livro e a Sunna, reconhece apenas a Deus como seu Deus. Ele se considera um membro da Islamidade, considera o Profeta (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele) como o último profeta e o Alcorão como o último livro celestial.

A única maneira de acabar com essa separação artificial é submeter-se à luz do Alcorão e aceitá-lo como o único critério. De fato, Deus, no Alcorão, diz:

“Apegai-vos firmemente à corda de Deus, todos juntos, e não vos separeis…”

Ao dizer (Al-Imran, 3/103), Ele ordena que todos os muçulmanos se reúnam em torno do Alcorão.

Com base nessa compreensão, tentaremos responder à pergunta.

Primeiro, precisamos definir o que é o Alevismo para podermos julgar corretamente. Afinal, o que é o Alevismo? Sim, essa é a pergunta a que buscamos a resposta. Se conseguirmos definir o que é o Alevismo, o problema estará resolvido.

– O Alevismo não pode existir fora do Alcorão. Não pode ser interpretado de forma contrária à Sunna. Não pode ser interpretado de forma oposta à vida do Profeta (que a paz seja com ele). No Alevismo, existem e estão presentes todos os preceitos religiosos, como a oração, o jejum, a peregrinação a Meca (Hajj) e a esmola (Zakat). Aqueles que afirmam o contrário são aqueles que querem instrumentalizar o Alevismo para seus próprios fins. Não se deve ceder aos seus jogos, nem se deve dar crédito àqueles que querem apresentar o Alevismo como algo fora do Islã…

Se o alevismo é assim, não temos nada a dizer. Olhamos para eles com a compreensão de irmãos religiosos, e até mesmo ignoramos algumas de suas falhas e deficiências. Porque todos nós temos falhas e deficiências em nossas ações…

Mas se não for assim, e sim como alguns alega que é o alevismo… Ou seja:

– Se não rezam, não jejuam, não dão esmolas; se consideram o culto apenas uma questão de coração, de espírito, negando as cinco orações diárias; se consideram a falta de respeito pelos califas de Alá como algo essencial, e tentam manter viva a animosidade, trazendo alguns eventos históricos para o presente; se não aceitam o ritual de purificação (ghusl), que é obrigatório, e não acham apropriado lavar-se após a impureza ritual (junub), então não é possível chamar tais pessoas de muçulmanas.

Se eles consideram o Alcorão como nosso livro sagrado, se aceitam que o significado do Alcorão é explicado na Sunna, se tomam a vida do Profeta (que a paz seja com ele) e da Família do Profeta como exemplo, isso significa que não há, fundamentalmente, divergência entre nós. Outras diferenças podem ser toleradas.

Aquele que aceita os preceitos é crente. Aquele que não aceita está em posição de negador. Determinar isso, porém, só é possível através de diálogo e conversa. Julgar sem dialogar e conversar é um ato de preconceito.

Um alevi que cumpre com essas condições é um crente. Nesse sentido, assim como em todos os grupos, existem muçulmanos e não muçulmanos entre os alevis.

É nosso dever amar e respeitar aqueles que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele) considerou dignos de ser seus genros e sogros.

Clique aqui para mais informações:

Qual é a causa da degeneração do Alevismo?


Com saudações e bênçãos…

O Islamismo em Perguntas e Respostas

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