– Sabemos que os animais não têm consciência e não são dotados de alma como os humanos. No entanto, na história de Salomão e na parábola do pássaro-do-paraíso, os animais são entendidos como conscientes.
– Qual é a sabedoria por trás da representação ou descrição dos animais com tanto discernimento nessas histórias?
– Será que, se soubéssemos a língua deles, todos os animais também poderiam falar conosco assim?
Caro irmão,
A consciência nos animais,
é um pequeno guia sobre suas próprias trajetórias de vida.
A jornada dos humanos e dos animais, que começa com uma semente codificada, expressa seus aspectos físicos. A alguns desses corpos foi concedida apenas consciência e sentimento, enquanto a outros, além disso, foi concedida razão. Os animais possuem apenas sentimento e consciência.
O ser humano, por sua vez, possui tanto sentimento e consciência quanto razão.
De fato, o Alcorão relata que até mesmo aos seres inanimados é concedida uma espécie de consciência que lhes permite realizar suas funções, uma consciência que desconhecemos:
“Então, em dois dias, formou os céus em sete camadas e revelou a cada céu a sua função.”
(Fussilat, 41/12)
Este fato é enfatizado no versículo que diz: “E, de fato;”.
“E seu Senhor inspirou a abelha, dizendo: ‘Construí vossas colmeias nos montes, nas árvores e nas construções que os homens erigiram. Depois, comei de todos os frutos e segui as trilhas de vosso Senhor, que vos foram indicadas para que vos espalheis.’ E de seus ventres sai um líquido de várias cores, que contém cura para os homens. Certamente, nisso há um sinal para aqueles que refletem.”
(Nahl, 16/68-69)
Como se pode entender por estes versículos, os seres inanimados ou os animais também possuem uma consciência específica relacionada com suas atividades. A consciência humana, por outro lado, é ampla e geral, enquanto a dos animais é estreita e específica.
– No entanto, o pássaro-do-paraíso de Salomão (que a paz esteja com ele) ocupa uma posição privilegiada. Porque Salomão (que a paz esteja com ele):
“Ó meu Senhor! — disse ele — perdoa-me e concede-me um domínio que ninguém terá depois de mim. Tu és, de fato, o concedente de dons, o mais generoso!”
(Sad, 38/35)
Ele fez a oração mencionada no versículo e Deus a aceitou. O pássaro-do-paraíso é, portanto, um reflexo dessa oração.
Ou, por outro lado, sendo dotado de uma consciência mínima, suficiente para realizar as tarefas inerentes à sua natureza animal, –
como reconhecer os crentes, os politeístas –
…é impossível que ele demonstre essa consciência em assuntos que não lhe dizem respeito…
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas