Caro irmão,
O versículo destaca que os judeus não são sinceros em suas palavras, e que, apesar de saberem que seu destino é ruim, afirmam ser amigos de Deus, mas não desejam a morte. Se fossem amigos de Deus, não teriam medo da morte. O versículo, portanto, expõe a mentira dos judeus.
No versículo 94 da Sura Al-Baqara, os judeus são desafiados a desejar a morte, caso acreditassem sinceramente que a morada da vida futura, junto a Deus, pertencesse somente a eles e não a outros. O versículo 95 afirma que eles nunca poderiam desejar isso. Dessa afirmação, entende-se que eles alegavam que a felicidade na vida futura seria exclusivamente deles. Aqui, porém, não se faz referência às suas preocupações com a vida futura, mas sim à sua pretensão de serem os únicos amigos de Deus entre todos os homens, lembrando-os que nunca desejariam a morte, da qual tanto fogem, e mostrando assim que também não são sinceros nessas alegações.(1)
O ponto em comum entre o chamado na Sura Al-Baqara e o chamado aqui é que a razão principal pela qual eles nunca desejariam a morte é que cometeram atos tão maus que extinguiram suas esperanças na vida futura e, embora conheçam a existência da vida após a morte, estão tão apegados à vida mundana a ponto de adorá-la. Este último ponto é expresso na Sura Al-Baqara, versículo 96, e também aqui, no versículo 8 (2), (3).
1. Para informações sobre este assunto, e em particular para explicações que destacam alguns trechos e expressões na Torá que indicam a existência de uma vida após a morte, ver Ismail Taşpınar, Duvarın Öteki Yüzü! Yahudilikte Âhiret İnancı Yahudi Kaynaklarına Göre, Istambul 2003.
2. Para informações sobre a Torá e o Judaísmo, ver Al-i Imran 3/3-4; Ömer Faruk Harman, “Tevrat”, İFAV Arus., IV, 363-367; idem, “Yahudilik”, İFAVAns., IV, 464-470; sobre a natureza da morte, ver Al-i Imran 3/185; sobre a relação alma-espírito-ser humano, ver An-Nisa 4/1; Al-Isra 17/85.
3. Para a interpretação do versículo em questão, ver Diyanet Tefsiri, Kur’an Yolu: V, 272-273.
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Com saudações e bênçãos…
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