Caro irmão,
O uso de medicamentos, seja por via oral, nasal, auricular, ou por via retal ou genital, não invalida a ablução ritual (abdest) nem exige o banho ritual (gusl). A natureza do medicamento utilizado não altera essa regra. Ou seja, nem os comprimidos e xaropes tomados por via oral, nem os pomadas e gotas aplicadas no nariz e nos ouvidos, nem os supositórios e medicamentos semelhantes aplicados por via retal ou genital, exigem ablução ritual (abdest) ou banho ritual (gusl).
Por fim, salientamos que a injeção intravenosa e na nádega não invalida de forma alguma a ablução ritual (abdest) ou o banho ritual (gusl). Se houver sangramento no local da injeção, a ablução ritual (abdest) será, naturalmente, invalidada.
Para esclarecer este assunto, lembremo-nos de um princípio relacionado à purificação ritual (ghusl):
Inserir um dedo ou outro objeto na região anterior ou posterior de uma pessoa não exige o banho ritual (ghusl). Não há diferença entre o dedo de um homem e o de uma mulher. O banho ritual só é necessário se houver orgasmo.
Portanto, uma mulher não precisa fazer a ghusl (purificação ritual) por causa de um exame médico devido a uma doença feminina, a menos que alcance o clímax. A regra é a mesma, quer o médico seja homem ou mulher. (Reddü’l-Muhtar, I/112)
Da mesma forma, consultar um médico também não invalida o jejum. A entrada de um dedo no ânus de um homem ou na vagina de uma mulher também não invalida o jejum.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas