– Abdullah ibn Wahb diz: (…) Anas disse:
“Um dia, o Mensageiro de Deus (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele) celebrou a oração da manhã conosco. Em certo momento, ele estendeu as mãos e as retraiu. Ao cumprimentar, disseram-lhe: ‘Ó Mensageiro de Deus, você fez algo que nunca havia feito antes nesta oração’. Ele respondeu:”
“Vi o Paraíso. Lá vi uvas negras, com cachos pendentes, tão pretas quanto abóboras. Queria esticar a mão para pegá-las, mas foi-me revelado que as uvas deveriam recuar, e elas recuaram. Depois vi o Inferno, mostrado aqui mesmo entre nós, e vi a minha sombra e a vossa sombra. Fiz-vos sinal para recuardes. Disseram-me: Deixa-os onde estão, pois tanto tu como eles vos submetestes a Deus. Tu emigraste, e eles também emigraram. Tu fizeste a guerra santa, e eles também a fizeram. Pensei, e não vi que tivesse qualquer vantagem sobre vós, a não ser a profecia.”
(Ibn Hizam, Sahih Ibn Hizam, Hadith nº 892, Hakim, Mustadrak 4/456, Abu Nuaym, Sifat al-Jannah, II, 196, relatam este hadith de forma mais resumida.)
– Quando uma pessoa é iluminada, sua sombra se forma atrás dela; no hadith, porém, é dito que “vi a sombra de você e a minha lá (no inferno)”. É possível dizer que essa expressão no hadith foi usada como uma metáfora (figura de linguagem), indicando que o inferno estava tão próximo a ele a ponto de tocá-lo, e que foi usada como uma forma indireta (irônica) de descrever sua proximidade com o inferno?
– Ou devemos interpretá-lo como uma situação excepcional criada por Deus (que é infinitamente poderoso)?
Caro irmão,
– Assim como Al-Hakim declarou que o hadith que ele relatou era autêntico, Al-Dhahabi também o confirmou.
(ver Müstedrek/Telhis, 4/456)
– O Profeta (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele), no final do hadith,
“Essas coisas que vocês estão vendo são as tribulações que acontecerão à nação [de Maomé].”
(ver Müstedrek, lua)
O fato de interpretá-los como tal indica que as coisas vistas têm um caráter simbólico. Portanto, a existência do paraíso e do inferno que se vê lá pode ser a imagem deles no mundo intermediário.
– Deve-se aceitar como verdade a afirmação do Profeta (que a paz seja com ele) de que entrou no paraíso durante a ascensão celestial.
No entanto, as declarações proféticas de que o paraíso e o inferno foram vistos imediatamente dentro da Mesquita, indicam que o paraíso e o inferno são, de certa forma,
“mundo exemplar”
Podemos considerar isso como um sinal para seus corpos, que são como imagens refletidas em um espelho de outro mundo, ou de um outro plano de existência.
– As verdades que vemos no nosso mundo onírico (nos sonhos),
“Meus olhos dormem, mas meu coração não dorme.”
(Buxari, Menakip, 24; Muslim, Babu salati’l-leyl)
É possível e ocorreu que o Profeta Muhammad (que a paz seja com ele) visse o mundo ideal enquanto estava acordado/em estado de vigília, como ele mesmo disse.
Contido neste hadith
“Prometeram-me o paraíso”
Pode-se entender, a partir da expressão que significa “o paraíso foi-lhe mostrado de alguma forma”. Isso significa que o paraíso e o inferno são refletidos através de espelhos no mundo das semelhanças.
“uma réplica exata da verdade”
Isso permite pensar que a representação espiritual é feita por meio de cópias fotográficas e fotos, como um exemplo.
– O Profeta (que a paz seja com ele) interpretou o que viu como as tribulações que atingiriam sua comunidade.
-como mencionado anteriormente-
estas coisas que se vêem, são espirituais-similares,
“uma vigília semelhante ao sono”
demonstra que eles têm valores simbólicos que apontam para verdades subjacentes.
Portanto, o fato de o paraíso estar tão próximo que as mãos podem alcançá-lo significa que, no início das tribulações que afligem a comunidade, o mundo está repleto de abundância e bênçãos, como se fosse uma espécie de paraíso.
A aproximação do inferno indica que haverá tribulações que transformarão a vida no mundo em um inferno, principalmente o fogo do anticristo, bem como assassinatos, conflitos e outros tipos de opressão e injustiça.
Na verdade, a paisagem do mundo atual é uma interpretação viva do que se vê.
“Assim como nós vemos muitas coisas neste mundo, os crentes cegos não as veem. No túmulo, se esses cegos partiram com fé, eles veem mais do que os habitantes do túmulo. Eles veem os jardins do paraíso, como se estivessem olhando com os binóculos mais potentes, de acordo com seu nível no túmulo.”
como no cinema
e veem e se maravilham.”
(Nursi, Lem’alar, p. 213)
Podemos entender, a partir da expressão luminosa na forma de um rosto, que o mundo da vida após a morte pode ter essas imagens espirituais.
Além disso, as seguintes expressões iluminadoras podem esclarecer e iluminar o nosso assunto:
“Amma
Com a distância do paraíso
embora seja do mundo da eternidade
aparecer nos locais mais próximos
e às vezes
é possível obter frutos dele
e; como se compreende pelos dois segredos representativos anteriores, este mundo fúnebre e o mundo da testemunha são uma cortina para o mundo oculto e a morada da eternidade.
O centro-cúspide do Paraíso
apesar de estarem distantes,
por meio do espelho do mundo exemplar
como é possível ver em todos os lugares, por meio de crenças que alcançam o nível de certeza absoluta, o Paraíso pode ser percebido neste mundo fúnebre – sem que haja erro na representação –
podem ter colônias e apartamentos de algum tipo
e
com o telefone do coração
podem ter comunicações com espíritos superiores,
os presentes
pode vir.”
(Para mais informações, consulte Lem’alar, p. 282 – 283)
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas