O que significa “Deus não abandona o servo que se refugia nele”?

Detalhes da Pergunta


– O que significa exatamente a expressão “Deus não abandona nem deixa na mão o servo que se refugia nele”?

– Significa que ele vai facilitar as coisas, que ele vai aliviar essa dificuldade, que ele vai recompensá-lo no além-mundo, ou significa algo mais?

– O que exatamente devemos entender por essa declaração, como devemos pensar sobre ela?

– Como devemos crer?

Resposta

Caro irmão,

Sim,

Deus ao servo que se refugia Nele,

Isso pode significar que ele concede uma facilidade, alivia a angústia, ou que ele retribui no mundo terreno ou na vida após a morte, mas também pode ter outros significados.


“Deus não abandona nem deixa na mão o servo que se refugia nele.”

Em resumo, podemos entender o seguinte a partir da expressão:

Deus nunca ignora o clamor de quem busca a cura para sua dor e se refugia Nele; Ele concede uma solução. No entanto, essa solução pode não ser exatamente como o refugiado deseja. Pode, ao contrário, ser uma providência prevista pela infinita sabedoria de Deus. Este assunto pode ser explicado com um exemplo:


a)

Um dos pacientes pede Lansor para um problema estomacal, e o médico considera a solicitação justa e o fornece, não o deixando sozinho.


b)

Um paciente pede aspirina para dor de estômago, mas o médico não lhe dá, porque é prejudicial ao estômago. Em vez disso, ele lhe dá um medicamento para o estômago adequado, não o deixa na desvantagem.


c)

Um dos pacientes pede um remédio para um problema de estômago, mas o médico não acha apropriado receitar nenhum medicamento, recomenda uma dieta e não o deixa sozinho com seu problema.


d)

Aparentemente, Deus

-que se refugia nele por causa de uma dificuldade

– Ele nunca ignora seus servos, nem os deixa sozinhos com seus problemas.

Pelo contrário, Ele concede a solicitação do Seu servo da maneira que Sua sabedoria infinita prevê:

– Ou concede exatamente o que foi pedido,

– Ou lhe dará algo equivalente ou melhor.

– Ou, por ser prejudicial, não dá nada neste mundo, mas retribui no além.


De qualquer forma, Ele não ignora a súplica de Seu servo.

Ele o cura com uma receita que considera apropriada, de acordo com sua sabedoria, e atende ao seu pedido de alguma forma. Ele não o deixa na desgraça.


e)

As seguintes palavras de Bediüzzaman, que lançam luz sobre este assunto (em resumo), podem ser uma cura para nossa dor:

Se o desenho for:

“Muitas vezes oramos, mas nossas orações não são atendidas. No entanto, o versículo é geral, indicando que há uma resposta para toda oração.”

Resposta:

Responder é uma coisa, aceitar é outra. Há resposta para toda oração; mas aceitar, ou seja, conceder o pedido, depende da sabedoria de Deus. Por exemplo: Uma criança doente chama: “Ó Doutor! Atenda-me.” O Doutor responde: “Lebaike” (Aqui estou). “O que deseja?” A criança diz: “Dê-me este remédio.”

O médico, por sua vez, ou lhe dá exatamente o que ele deseja, ou lhe dá algo melhor, de acordo com o que é melhor para ele, ou, se sabe que é prejudicial à sua doença, não lhe dá nada.

É porque Deus, o Altíssimo, é o Sabio Absoluto (presente e atento em todo lugar com Seu conhecimento), que Ele responde à oração do Seu servo.

Ele transforma o horror da barbárie e da solidão em intimidade, com sua paz e sua resposta.

(Deus não abandona/não deixa na estaca seca o servo que se refugia Nele).

Mas não por meio do domínio caprichoso e volúvel do homem, mas talvez por exigência da sabedoria divina, Ele concede o que se deseja, ou algo melhor, ou nada concede.


Além disso, a oração é um ato de adoração.

A obediência, por sua vez, tem seus frutos na vida futura. Os propósitos mundanos são, sim, os momentos daquele tipo de oração e adoração. Esses propósitos não são os objetivos.

Por exemplo: A oração e a súplica pela chuva são um ato de adoração. A falta de chuva é o momento para esse ato de adoração. Não é que essa oração e súplica sejam para trazer a chuva. Se o objetivo fosse apenas esse, a oração e a súplica não seriam sinceras e, portanto, não seriam dignas de serem atendidas.

Assim como o pôr do sol é o momento da oração da noite, os eclipses solares e lunares são os momentos de dois cultos especiais chamados orações de eclipse solar e lunar. Ou seja, como o obscurecimento das luzes do dia e da noite anuncia uma grandeza divina, Deus convida seus servos a um tipo de adoração naquele momento.

Afinal, essa oração não é para a revelação dos eclipses da Lua e do Sol (cujos horários e durações são determinados por cálculos astronômicos).

Assim como a chuva, a falta de chuva também é o momento propício para a oração pela chuva. E a invasão de calamidades e o domínio de coisas nocivas são momentos específicos para certas orações, nos quais o homem reconhece sua impotência e, por meio da oração e da súplica, busca refúgio na corte do Todo-Poderoso.


Se, apesar de muitas orações, as calamidades não forem afastadas, não se dirá: “A oração não foi atendida”. Poderá-se dizer, sim: “O tempo da oração, o destino, não chegou”. Se Deus, por Sua graça e benevolência, afastar a calamidade; luz sobre luz… então o tempo da oração termina, o destino se cumpre. Portanto, a oração é um segredo da adoração.

A obediência, por sua vez, deve ser pura e sincera. Deve-se apenas manifestar a própria impotência e recorrer a Ele por meio da oração.

Não se deve interferir na sua criação. Deve-se deixar a providência a Ele. Deve-se confiar na Sua sabedoria. Não se deve acusar a Sua misericórdia.”


(ver Palavras, Vigésima Terceira Palavra, p. 317, 318)


Com saudações e bênçãos…

O Islamismo em Perguntas e Respostas

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