O que devemos fazer para melhorar nossa moral?

Detalhes da Pergunta

– Critico muito as pessoas, e quando me criticam, respondo de forma agressiva, tenho orgulho; como posso superar isso?

Resposta

Caro irmão,

É, sem dúvida, difícil mudar a moral de repente. Com o passar do tempo, os hábitos em questão se tornam ainda mais arraigados.

Este ponto também reflete uma prova justa. Porque o homem, que é responsável por regular sua moralidade dentro dos limites dos mandamentos e proibições de Deus, tem a liberdade de cumprir ou não essa responsabilidade. Aquele que usa sua livre vontade para o bem, como recompensa por esse respeito, terá sua moralidade ainda mais aprimorada; aquele que a usa para o mal, como punição por essa falta de respeito, terá sua moralidade continuando nesse caminho negativo – e isso é um resultado da justiça.

Esta é a medida da justiça universal; a graça de Deus é outra questão.


“O bem é de Deus, e o mal é de vós mesmos.”


(Al-Nisa, 4/79)

O princípio corânico que significa isso é a prova dessa verdade. Portanto, devemos perceber que nossa atual situação ruim é causada por nós mesmos e, consequentemente, devemos nos irritar com nosso ego.


Para aprimorar nossa moralidade

e acreditamos que a primeira condição para abandonarmos nossos maus hábitos é reconhecermos que eles têm origem em nós mesmos. Porque, com essa perspectiva honesta, aprendemos que, assim como adquirir bons hábitos, livrar-se dos maus também está ao nosso alcance, e ganhamos resistência.


Por outro lado.

É impossível erradicar completamente os maus hábitos. Eles persistem – por provação, por assim dizer. Por exemplo, não podemos eliminar de nós mesmos a tendência a ficar irritado, a se enfurecer, a adotar atitudes ríspidas, a ser crítico. São traços inerentes à nossa natureza. Apenas mudando a direção desses traços podemos usá-los adequadamente e evitar que nos levem a caminhos negativos. Por exemplo, digamos que temos uma tendência excessiva à crítica, que não conseguimos evitar. Podemos criticar, mas devemos definir o alvo corretamente, identificar bem quem e o que vamos criticar… Não devemos lançar nossas flechas de crítica aleatoriamente.

-quebrando corações-

em vez de direcioná-lo a um irmão crente,


“O maior inimigo é o ego que existe entre os dois lados.”


(Ghazali, Ihyā’ Ulūm al-Dīn, 3/4)

Com base nessas observações de nosso Profeta, ao direcionarmos nossa ira para nossa própria alma, satisfazemos nossa necessidade de crítica, humilhamos nosso inimigo interior e, ao mesmo tempo, acumulamos provisões para a vida após a morte. Em vez de nos irritarmos com um irmão crente, que é muito fácil, vamos nos irritar com nosso demônio, com nossa própria alma. Assim, satisfazemos nossa raiva e purificamos nossa moral.

Nenhum ser humano abandona seu próprio interesse por vontade própria. Quando existem dois interesses em jogo, ele escolhe aquele que lhe traz maior benefício. Da mesma forma, todo ser humano escolhe o menor dos dois males. Isso também é algo que a razão exige. Podemos usar esse critério para o equilíbrio entre a vida terrena e a vida após a morte.

Não é sensato abandonar ações que trazem um quilo de prazer à consciência, que é sensível à consciência da fé, em troca de alguns gramas de prazer que obtemos ao cometer um pecado que agrada à nossa alma.

Preferir o mundo efêmero à vida eterna é um erro terrível para um crente.

Pensar em preservar a própria honra diante de duas pessoas – por achar que está com a razão – e não pensar na quebra da verdadeira honra, da dignidade humana, diante de milhões de pessoas, profetas e de Deus no dia do Juízo Final, é uma equação insolúvel do ponto de vista lógico.

Há também uma importante ênfase neste hadiz. O Profeta, ao enumerar os sinais de um hipócrita, disse:


“Existem quatro características/qualidades/atributos que, se presentes em alguém, o tornam um hipócrita completo. Se apenas uma delas estiver presente, ele terá uma característica da hipocrisia, a menos que a abandone; quando fala, mente; quando promete, quebra a promessa; quando faz um acordo, não o cumpre – age injustamente; quando luta com alguém, se entrega à maldade/exagera (se alguém o criticou uma vez, ele o critica cinco vezes; se alguém lhe disse uma palavra ruim, ele lhe dirá dez vezes mais).”


(Kenzu’l-ummal, h. no: 848).

Como é sabido,

“A fé é tanto luz quanto força…”

Para alcançar uma fé forte e manter essa fé,

Cumprindo os mandamentos de Deus e evitando os seus interditos.

É preciso esforçar-se para fortalecer e manter essa fé. Alguém que alcança uma fé tão forte, em princípio, considera a aprovação de Deus como prioridade… Prefere o que agrada a Deus, não o que agrada à sua própria alma. Prefere a aprovação de Deus, não a aplauda das pessoas.

“Parabéns, meu filho!”

prefiro que ele diga isso.


Para embelezar nossa moral.

Consideramos útil analisar o assunto à luz dessas declarações.

Que Alá, o Misericordioso e Compassivo, nos conduza a caminho da retidão, e nos conceda um arrependimento sincero e verdadeiro. Amém!


Clique aqui para mais informações:



– Posso obter informações sobre a nobre conduta do Profeta Maomé?



– Como devemos entender o conceito de moral e o hadith “Eu fui enviado apenas para completar a boa moral”?



– Poderia explicar a expressão “Religião é boa moral”?



– A verdadeira virtude é embelezar a moral.


Com saudações e bênçãos…

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