– Como a infinitude é um atributo exclusivo de Deus, poderia explicar a existência de um número infinito de números?
Caro irmão,
Não são apenas os números, mas também os átomos, as entidades no universo, que são infinitas para nós.
Porque o universo, tal como a ciência o descreve hoje, é de uma extensão ilimitada, e isso é uma expressão de um julgamento infinito e ilimitado. Essa infinitude é uma infinitude que reside na imaginação da nossa mente. Na realidade, o universo tem um limite e é finito. Portanto, conclui-se que:
Infinitude
o conceito de
real, relativo
e
imaginário
é possível classificá-los em três tipos.
A verdadeira eternidade pertence a Deus.
Os outros dois pertencem aos seres do universo.
Infinitude relativa,
é uma infinitude com relativismo.
Por exemplo, para a percepção humana, os átomos, ou mesmo as partículas, do universo são infinitos. Ou seja, são inexpressíveis por meio de números. Devemos também notar que, mesmo nessa afirmação, vemos que se expressa a ideia de que os números não são infinitos, ilimitados.
Contudo, o universo é uma entidade limitada, sem infinitude, contida no conhecimento infinito de Deus. Como o universo e tudo o que nele existe é criatura, ele também tem um fim. No entanto, como sua grandeza é incompreensível para os humanos, ele é considerado infinito.
Infinitude imaginária
então, nós
“Os números são infinitos”
é uma ficção que usamos na expressão. Em primeiro lugar, assim como nossa mente, nossa imaginação é incapaz de abarcar a infinitude em seu verdadeiro sentido. Em lógica, isso é chamado de “possibilidade mental” (não lógica). A possibilidade mental – a menos que seja baseada em uma evidência concreta – não tem valor nem importância.
Por exemplo, com essa possibilidade mental/hipotética/imaginária.
“Quando acordarmos amanhã de manhã, veremos que o Mar Negro se transformou completamente em uma porção de terra seca ou em uma bacia de açúcar…”
Podemos imaginar. Mas essa possibilidade imaginária e mental não tem nenhum valor.
O conceito de infinitude
pode ser percebido de duas maneiras.
Alguém,
a infinitude de um ser em termos de volume,
o outro
expressa a infinitude por meio de suas características, qualidades e atributos.
A existência imaginária e infinita do universo é concebida em termos de volume. Deve-se salientar imediatamente que conceber a infinitude de Deus em termos de volume, e não de atributos, é um grande pecado. A infinitude de Deus reside em seus atributos. Por exemplo,
Deus é eterno, imortal… Possui conhecimento e poder infinitos.
Todos os atributos como este são infinitos e ilimitados, tanto em termos de existência quanto de abrangência, eternos e imemoriais.
Enquanto a infinitude imaginária dos números,
Não em termos de volume, mas como característica de uma entidade contável que possui infinitude imaginária, ou como característica de um contador, existe uma sucessão em cadeia.
Os números –
adicionando zeros ou dígitos –
Podemos entender que a infinitude que imaginamos não é real pelo fato de que qualquer zero ou dígito que adicionamos ao final de um número é apenas uma repetição do dígito anterior. Porque os números representam
-de um a nove
– Os algarismos são definidos. O zero é único. Todos os algarismos que adicionarmos a ele são repetições dos algarismos anteriores. Os números, cujos símbolos são os algarismos, devem estar limitados à situação daquilo que é contado. Como o universo não é infinito, os números que contam suas partes também não podem ser infinitos…
Para reiterar,
Números e algarismos não são a mesma coisa. Os algarismos são símbolos dos números.
Os números, por sua vez, são conceitos que expressam um valor em relação ao que é contado, sem existência independente. Os números não são substâncias, mas atributos, como as cores. Assim como expressamos a cor de uma substância como vermelha, branca, amarela, expressamos a quantidade de um objeto contável com certos números.
Assim como usamos palavras apropriadas para expressar ou escrever um significado, usamos certos algarismos para expressar ou escrever um número.
Como os seres não são infinitos no sentido de serem contáveis,
Os números, que são as palavras que os expressam, também não são infinitos. Os algarismos, por sua vez, são apenas dez, incluindo o zero, como elementos básicos. Os outros são repetições destes.
Portanto, não existe imortalidade para as entidades que não são atributos de Deus.
Clique aqui para mais informações:
– A infinitude é compreensível?
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas