– O Estado prendeu 11.000 pessoas por causa do aplicativo ByLock, algumas por meses, outras por anos. Depois, pediu desculpas. Isso constitui uma injustiça para essas pessoas?
– O Estado prendeu 11.000 pessoas por causa do ByLock, mantendo alguns presos por meses, outros por anos. Ao fazê-lo, disse que o ByLock era uma prova definitiva e irrefutável. Até fizeram programas de televisão sobre o ByLock, dizendo que era um programa especial, um programa criptografado que podia ser baixado usando os números de série de dólares acima de 1 dólar. E depois, para libertar essas 11.000 pessoas, um ano e meio depois, o mesmo canal de televisão disse que, na verdade, era um programa comum que podia ser baixado do Google e da Apple.
– Alguém que assiste a este programa de televisão e não percebe esta reviravolta, mas acredita em tudo o que é dito nas notícias, está sob o efeito de uma praga?
– O Estado cometeu uma injustiça contra essas 11.000 pessoas?
Caro irmão,
O Estado não é uma pessoa, mas uma pessoa jurídica. Ele cumpre suas funções por meio de instituições. Como os que administram as instituições são humanos, é natural que cometam erros. Portanto, o erro de um indivíduo de uma instituição não pode ser atribuído a todas as instituições que constituem a pessoa jurídica que é o Estado. Ações não intencionais são consideradas erros e a pessoa não é responsabilizada. O Estado, por sua vez, busca compensar materialmente o prejuízo da outra parte.
Quanto às suas opiniões sobre o Bylock, elas parecem ser uma afirmação pessoal. Será a justiça do Estado a avaliar a sua veracidade ou falsidade.
É preciso também salientar que adotar uma postura que deslegitima as medidas tomadas pelo Estado em resposta a uma grande traição é um comportamento incorreto. É lançar sombra sobre uma luta justa.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas