O conceito de consciência é abordado no Alcorão?

Detalhes da Pergunta



– Consciência

É uma palavra árabe que também se estabeleceu na língua turca. Examinei quase todas as traduções. Vi que não há uma palavra no Alcorão que corresponda ao conceito de consciência. Em algumas traduções, a tradução dada como consciência é, na verdade, “/enfusuhum” (Tevbe, 9/118)…

Resposta

Caro irmão,

Consciência: É a faculdade inata do ser humano que constitui o ponto de encontro entre sua estrutura física e espiritual, capaz de distinguir o bem do mal, que se alegra com a prática do bem e se entristece com a prática do mal.

– Que saibamos, não existe uma palavra no Alcorão que corresponda à palavra Vidan.


– Consciência,

Não é uma palavra usada nos primeiros dois séculos do Islã. No entanto, com o tempo, foi usada como um termo científico e psicológico, principalmente em livros de sufismo.

– No Alcorão

“mente”

a palavra não é usada como uma palavra em si,

consciência

A palavra também não foi usada. No entanto, o conceito de razão foi usado na forma de verbo.

“E não se lembrarão?” (Ou: “E não usarão a razão?”)

como na declaração…

– A palavra “vidan”, que pode ser explicada como o local de referência para sentimentos como sentir prazer-dor, amar-odiar, também é mencionada no Alcorão – com ênfase nesses sentimentos. Ou seja, ela também se encontra em uma frase verbal em termos de significado.


A consciência também é chamada de olho do coração, discernimento ou simplesmente coração.

O sentimento de justiça e compaixão, que Deus colocou na alma, é um impulso para o bem. É uma faculdade e força inata da alma que distingue o bem do mal. É a inclinação e apego da alma à verdade e ao bem, uma espécie de visão da verdade; é o repúdio ao mal e à injustiça. A compaixão, a tristeza diante da injustiça e do mal, a alegria diante do bem, são fontes de sentimentos internos, e são aspectos da consciência da alma. Embora os animais também tenham alguns sentimentos, como a ternura materna e a compaixão, para a perpetuação da espécie. Deus, no Alcorão, descreve essa característica da alma humana da seguinte maneira:


“Por cada alma e por aquele que a criou, e que a inspirou o bem e o mal, aquele que purificou a alma do mal, certamente alcançará a felicidade. E aquele que a contaminou com o mal e a cobriu com pecado, certamente será infeliz.”




(Al-Shams, 91/7-10)

A expressão “inspirar a um espírito (alma) o pecado (mal) e a proteção contra ele” pode ser interpretada como comunicar ao coração (consciência) que não deve praticar o mal e a imoralidade e que deve se proteger deles, deixando-o livre entre os dois. No entanto, o significado verdadeiro é apresentar o pecado, mostrando que ele é prejudicial e nocivo para a alma, e que protegê-la do mal é bom; portanto, é aconselhar a abandonar o pecado e evitar ações maléficas, praticando ações boas e benéficas para se proteger do mal. Sem dúvida, Deus deu a cada alma humana um sentimento de bem e mal, lucro e prejuízo, prazer em ações boas e sofrimento por ações más. Esse sentimento e essa percepção são chamados de consciência.

– Nas seguintes declarações de Bedizzaman, a comparação entre a razão e a consciência é feita no contexto do conceito de Coração, indicando a estreita relação entre eles:

“O coração não é um pedaço de carne em forma de pinha. Mas sim uma delicadeza divina, um milagre de Deus.”

fonte da consciência moral

; o cérebro é o local de origem dos pensamentos.”

(Sinais, 85)



A inutilidade da consciência.

, são as ciências religiosas.

A luz da razão

… são as ciências da civilização. A verdade se manifesta da mistura dos dois. Quando se separam, no primeiro surge o fanatismo, no segundo, a fraude e a dúvida.”

(ver Münazarât, Receitas Sociais-II, 81)

Podemos expressar isso de forma mais detalhada da seguinte maneira:

O ser humano possui dois mecanismos espirituais essenciais: a consciência e a razão. Esses dois mecanismos devem funcionar em harmonia, o que depende da educação. A iluminação da consciência, ponto de encontro entre a alma e o corpo, só é possível por meio do conhecimento religioso. Isso porque a purificação e a elevação da sensibilidade humana dependem de conhecimentos de origem divina e sagrada.

Quanto à razão, ela é um mecanismo que aborda os problemas no plano das ideias e busca chegar a conclusões com base na lógica. Ela compreende melhor as verdades da fé por meio das ciências naturais que obtém do universo. A união dessas duas formas de conhecimento, uma que limpa a consciência e outra que aprimora a razão, em uma só pessoa, amplia seus horizontes e lhe permite ver a verdade. A falta de uma delas, no entanto, resulta em fanatismo e intolerância na consciência, e em dúvidas infundadas e demagogia na razão.

(ver Niyazi Beki, Uma Grande e Brilhante Exegese do Alcorão, Risale-i Nur, local relevante)

– Podemos dizer que no Alcorão, neste versículo, é usado um estilo que faz referência à consciência.


“Seu Senhor declarou: Não adoreis a ninguém senão a Deus. Tratai bem vossos pais. Se um deles ou ambos estiverem velhos e sob vossos cuidados, não os desprezeis,

‘Ufa!..’

não os repreenda, não os repreenda, fale-lhes palavras doces e reconfortantes.”


(Isra, 17/23)

Enfatizar a necessidade de respeito pelos pais, especialmente em sua velhice, visa despertar a consciência.


Clique aqui para mais informações:


– O que é a consciência?


– CONSCIÊNCIA


Com saudações e bênçãos…

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