Caro irmão,
Não somos a favor de agitar a discórdia entre Alevitas e Sunitas e de criar divisões.
Somos a favor da unidade e da coesão. Aumentar as disputas, inflamar as diferenças e quebrar nossa unidade não beneficia ninguém, mas sim nos prejudica a todos. Sabemos disso e acreditamos nisso.
Na verdade, de um muçulmano.
Ou que uma ordem mística considere o amor por Ali (que Deus esteja satisfeito com ele) como base de sua profissão e caráter, não há nenhum impedimento religioso. Desde que não haja agressão aos outros Companheiros, e que se cumpra a oração, o jejum e outras responsabilidades à luz do Corão e da Sunna, não há nenhum impedimento em tomar o amor por Ali (que Deus esteja satisfeito com ele) e a Ahl-i Beyt como guia.
A verdade é que
Um verdadeiro alevi que conhece e vive de acordo com o Livro e a Sunna, reconhece apenas a Deus como seu Deus. Ele se considera um membro da comunidade islâmica, considera o Profeta (que a paz esteja com ele) como o último profeta e o Alcorão como o último livro celestial. A única maneira de acabar com essa divisão artificial é entrar na luz do Alcorão e aceitá-lo como o único critério. De fato, Deus, no Alcorão,
“Apegai-vos firmemente à corda de Deus, todos vós, e não vos separeis dela.”
Ao ordenar isso, ele está mandando que todos os muçulmanos se reúnam em torno do Alcorão.
O Alevismo não pode existir fora do Alcorão. Não pode ser interpretado de forma contrária à Sunna. Não pode ser interpretado de forma oposta à vida do Profeta Maomé (que a paz esteja com ele). No Alevismo, todos os preceitos religiosos, como a oração, o jejum, a peregrinação a Meca (Hajj) e a esmola (Zakat), existem e são praticados. Aqueles que afirmam o contrário são aqueles que querem instrumentalizar o Alevismo para seus próprios fins. Não se deve ceder à sua influência, nem se deve dar crédito àqueles que querem apresentar o Alevismo como algo separado do Islã…
Aquele que interpreta o Alevismo como parte do Islã é nosso irmão religioso, enquanto aquele que o interpreta como algo separado é nosso compatriota.
Nós também queremos viver em respeito mútuo com nossos cidadãos. Isso é exigido pela nossa fé islâmica.
É nosso dever amar e respeitar aqueles que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele) considerou dignos de ser seus genros e sogros.
Nossa religião não proíbe um muçulmano de fazer amizade com alguém de outra religião ou até mesmo de lhe prestar ajuda financeira. É perfeitamente aceitável fazer amizade com um alevi e ajudá-lo financeiramente.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas