Caro irmão,
Como metafísico, este professor deveria, antes de tudo, examinar cuidadosamente a natureza da matemática. Pois, embora os números que usamos em operações aritméticas sejam limitados, existe uma infinidade de números em uma escala infinita.
Considerar como desperdício a quantidade de números que não usamos em uma operação matemática, em vez de reconhecer a existência dos números que usamos, é ignorar o conceito de economia.
Como não se pode esperar economia ou moderação de uma estrutura baseada no desperdício, seria preciso negar a ocorrência de operações aritméticas ou de números.
O mesmo se aplica à base da organização geométrica.
Devido à natureza infinita da matemática e da geometria, apenas operações particulares limitadas podem ser desenvolvidas.
Sabe-se que a natureza do universo é, informalmente, baseada na matemática. Portanto, todos os fenômenos particulares existem sobre essa natureza de infinita diversidade. O único plano onde o finito ou o limitado pode se manifestar é a infinitude ou a ilimitabilidade.
O fato de que alguns peixes ou plantas resultam de milhões de ovos de um peixe ou de muitos grãos de pólen de uma planta é um reflexo perfeito da ordem matemática da natureza em ciclos unitários.
Além disso, a criação de singularidades limitadas sem uma multiplicidade ilimitada significaria reduzir o universo a uma superficialidade sem fundo e infraestrutura.
O importante aqui é que o processo de transformação funcione de forma eficaz, redirecionando o limitado, ou o que reflete no ilimitado ou no muito, ou o que fica fora dos particulares, de volta à natureza fundamental do universo.
Este processo de transformação, na verdade, mostra isso se for observado atentamente.
Novamente, as partículas e os campos que surgem no mundo subatômico à medida que os níveis de energia e temperatura aumentam, resultam da natureza infinita da gravitação. Depois de surgirem, as partículas se transformam rapidamente em campos, perpetuando essa dualidade finito-infinito.
Considerar a gravidade como desperdício seria considerar absurda a ordem partícula/campo e tudo o que surge dessa ordem, o que levanta a questão de em que conceito oposto o autor da afirmação baseia sua definição de desperdício.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas