Em relação aos versículos sobre escravidão, não estamos nos adaptando ao Alcorão, em vez de o Alcorão se adaptar a nós?

Detalhes da Pergunta


– No Alcorão, encontramos passagens sobre a libertação de escravos. Ou situações que não existem mais hoje, mas que estão presentes no Alcorão. Como a escravidão não existe mais, não podemos realizar tal situação atualmente; nossos estudiosos disseram que podemos realizar isso de outra maneira, e é assim que acontece.


– Não é incompreensível que esses versículos sejam suspensos?

Resposta

Caro irmão,

A aplicação de um preceito do Alcorão requer, naturalmente, certas condições.

Por exemplo;

– Para rezar, é necessário fazer a ablução. A ablução consiste em lavar as partes do corpo que conhecemos com água.

Teyemmum em caso de ausência de água.

é feito. Isso também é uma disposição do Alcorão. Para quem faz tayammum, o Alcorão…

Não se pode dizer que a sentença da SU foi revogada.

– Alguém sem pés não pode lavá-los, não pode. Nesse caso, não se pode dizer que essa disposição do Alcorão esteja suspensa em relação a ele. Pois no Alcorão…

“Ninguém deve ser obrigado a cumprir uma obrigação que está além de suas forças.”

também existe a sentença. Portanto

uma pessoa que não pode lavar os pés durante a ablução por não os ter, está a violar este preceito do Alcorão

significa que está sendo aplicado.


– Quem não puder jejuar, deve pagar uma compensação em dinheiro em vez do jejum.

Não se pode dizer que a regra do Alcorão foi suspensa no caso do homem que não jejuou.


– Quem não tem condições financeiras não paga a esmola (zakat) nem faz a peregrinação (Hajj).

Não se pode dizer, nem se deve dizer, que a sentença do Alcorão sobre essa pessoa foi suspensa. Porque a situação dessas pessoas, e o fato de que elas não serão responsáveis por isso, também estão mencionados no Alcorão.


No Alcorão, existem disposições alternativas em vez de libertar escravos.

Isso demonstra que o objetivo do Alcorão também inclui a erradicação da escravidão da sociedade humana. A libertação de escravos foi prevista até que se atingisse uma posição sociológica que só seria possível com o tempo. De fato, a ordem de libertar escravos por diversos meios no Islã é uma prática voltada para a realização desse objetivo do Alcorão.

Portanto, não podemos dizer que a lei foi suspensa em nossos tempos, onde não há escravos. Porque, em vez de libertar escravos, o que se faz é

outras alternativas

também foi apresentada. Isso indica que essa prática alternativa existia mesmo durante o período em que havia escravos.

Nas passagens que apresentaremos a seguir, podemos observar a existência de alternativas aos escravos:


“Não é lícito a um crente matar outro crente, a menos que seja por engano. Se alguém matar um crente por engano, deverá libertar um escravo crente e pagar uma diétia à família da vítima… Aquele que não puder fazer isso, deverá jejuar dois meses consecutivos para que seu arrependimento seja aceito por Deus. Deus é conhecedor e sábio.”


(Al-Nisa, 4/92)


“Deus não responsabiliza vocês pelos juramentos que fizeram sem intenção, mas responsabiliza pelos juramentos que fizeram com intenção. Se vocês quebrarem tal juramento, a expiação é alimentar dez pobres com um prato de comida mediano, como vocês alimentam suas famílias, ou vesti-los, ou…”

a um escravo sua liberdade

é dar de comer aos necessitados. Quem não puder, deve jejuar três dias. Essa é a expiação por quebrar um juramento. Cumpram os juramentos que fizeram. Assim, Allah vos esclarece Seus versículos, para que sejais gratos.”


(Al-Maidah, 5/89)


“Aqueles que, por meio de zihar, tentam se separar de suas esposas e depois se arrependem do que disseram, devem, antes de se aproximarem de suas esposas,

libertar um escravo

É necessário. Eis o que vos foi ordenado. E Deus sabe tudo o que fazeis. Quem não puder fazer isso, deve jejuar dois meses seguidos, antes de se aproximar das suas mulheres. E quem não puder, deve alimentar sessenta pobres. Estes são os limites que Deus estabeleceu para que vos confirme a fé em Deus e no Seu Mensageiro, e para que rejeiteis as práticas da Idade da Ignorância. Estes são os limites de Deus. E para os incrédulos haverá um castigo muito doloroso.”


(A luta, 58/3-4)

A suspensão de um preceito do Alcorão significa que ele foi revogado. Isso só é possível enquanto o Alcorão continuava a ser revelado durante a vida do Profeta Maomé (que a paz seja com ele). Portanto, após a era de felicidade (Asr-ı saadet),

“que uma decisão foi arquivada, revogada ou suspensa”

dizer isso é impossível, do ponto de vista da verdade.


Com saudações e bênçãos…

O Islamismo em Perguntas e Respostas

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