– Alguns afirmam que repetir “Allah Allah Hu Hu” é sem sentido e prejudicial, e estão confundindo meus irmãos.
– Como se o zikir (lembrar-se de Deus) não fosse lembrar-se de Deus, mas sim um esporte mental; como se o zikir feito incorretamente abrisse as frequências cerebrais, permitisse a comunicação com demônios e esses demônios assediassem a pessoa, essas são bobagens.
– Eles também fazem as seguintes alegações:
– Não há nenhum fundamento na Sagrada Escritura do Alcorão e na Sunna (tradição islâmica) que legitime a prática de repetir “Allah… Allah… hu… hu…” ou “… Hayy… Hayy…” como forma de lembrança de Deus (zikr). Não existem versículos corânicos ou hadices (tradicional islâmica) que indiquem a permissão de tal forma de lembrança. Apesar de o Profeta Maomé (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele) ter sido quem mais lembrança de Deus praticou e exemplo para sua comunidade nesse aspecto, não há evidências de que ele tenha usado tais expressões. Da mesma forma, não há evidências de que os Companheiros do Profeta (Sahaba), que foram criados e educados de acordo com o Alcorão e a Sunna, e que melhor os conheciam, e os Tabi’in (seguidores dos Companheiros), tenham praticado tal forma de lembrança. No entanto, eles eram aqueles que melhor conheciam a religião, a praticavam corretamente e a difundiam da melhor maneira.
– Estimados muçulmanos! Outro ponto importante a ser lembrado é que repetir “Allah… Allah… hu… hu…” ou “… Hayy… Hayy…” não tem significado em árabe. Porque em árabe, frases completas e significativas são apenas aquelas como “alhamdulillah”, “subhanallah”, “Allahu akbar”.
– Os árabes não invocam Alá dizendo “Alá… Alá… hu… hu… Hayy… Hayy”. Por quê? … Porque essas expressões não têm significado. A invocação feita com essas palavras não louva a Alá, e não há tal descrição no Alcorão e na Sunna. Portanto, sem que os muçulmanos percebam ou compreendam o significado, ao dizer “hu, hu” ou “hay, hay”, com a posterior ornamentação e distorção do diabo, expressões como “he, he” ou “hav, hav” começam a sair de suas bocas.
Caro irmão,
Somos dos que sabem. Por esse motivo, consideramos mais apropriado dissipar as trevas que outros expõem, acendendo velas / iluminando-as com o Alcorão e as hadiths.
De fato, nosso princípio é o princípio da luz, o princípio de Bediane. Portanto, podemos dizer que não há, em nenhum deles, um comando que proíba a menção isolada de um dos nomes de Deus.
– Quanto a isso; as palavras, quando mencionadas isoladamente, possuem elementos omitidos que as tornam, implicitamente, uma frase útil. Esse tipo de encurtamento é de uso comum na literatura árabe.
Portanto, quando se diz isso, trata-se de uma súplica feita com a omissão da partícula de invocação, na forma original. A outra parte da súplica neste estilo é compreendida pela forma da súplica.
De acordo com isso, a pessoa está fazendo uma súplica na forma de “dizer, quando”.
Diz-se de pessoas inteligentes, sensatas, conscientes e compreensivas.
Portanto, nas súplicas dirigidas a Deus, que possui conhecimento infinito, basta dizer “leb”. Nosso Senhor sabe muito bem o que pensamos, nossas intenções, o que revelamos e o que ocultamos.
Alguns dos versículos e hadices que incentivam a lembrança de Deus (zikr) são os seguintes:
Nos versículos mencionados, a lembrança de Deus é apontada como um elemento importante da piedade.
Não é contrário ao significado da palavra. Expressá-la verbalmente fortalece ainda mais a lembrança feita no coração. A importância de expressar a intenção nas práticas religiosas também se origina disso.
Quando a língua acompanha o coração, a qualidade da lembrança/recordação/memória aumenta ainda mais…
Como diz o versículo que significa: “Lembrar, mencionar, recordar”. Este lembrete manifesta-se através do coração, da mente, do pensamento e do comportamento, mas também é feito com a língua. É mandado que os versículos e lembretes recitados na oração sejam recitados tanto com o coração quanto com a língua.
Portanto, é importante que o coração e a língua estejam em sintonia ao se fazer algo.
– Curiosamente, a página com o maior número de versículos contendo o nome de Deus (Allah) em todo o Alcorão Sagrado menciona-o dezesseis vezes.
Isso é uma lição de que a menção isolada do nome também é importante. Afinal, não há coincidências no Alcorão. Tudo está dentro do âmbito do conhecimento infinito.
– Perguntou o Profeta (que a paz esteja com ele); os presentes responderam. E ele disse:
Podemos entender, pelas seguintes declarações de Bediüzzaman, que ele também não via nenhum problema religioso em mencionar a “gente da tarikat”:
Assim como as ordens sufistas são o principal, eficaz e fervoroso meio para o desenvolvimento e expansão da fraternidade, que é um laço sagrado apenas dentro do mundo islâmico; elas também são uma das três importantes e inabaláveis fortalezas do Islã contra os terríveis ataques do mundo da incredulidade e da política cristã para extinguir a luz do Islã.
“O que permitiu que Istambul, a capital do Califado, fosse preservada por quinhentos e cinquenta anos contra todo o mundo cristão, foram as luzes da unidade que brotavam em quinhentos lugares em Istambul, e um importante ponto de apoio dos fiéis naquele centro islâmico, eram a força da fé e o fervor espiritual proveniente do amor divino daqueles que viviam nos mosteiros atrás das grandes mesquitas.”
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas
Comentários
Professor, que Deus o abençoe! Foi uma explicação muito esclarecedora. Eu também, com o nome de Deus, irei orar por estudiosos religiosos como você, se Deus quiser.