Caro irmão,
No Alcorão, o Profeta Maomé (que a paz esteja com ele) é ordenado a tratar com justiça até mesmo os não-muçulmanos:
“Se te procurarem para que lhes julgues, julga entre eles, ou desvia-te. Se te desviares, não te poderão causar dano. E se julgares, julga entre eles com justiça. Por certo, Deus ama os justos.”
(1)
Hamdi Yazır chama a atenção para o seguinte ponto neste assunto:
“Direito”
mesmo que se relacione com um infiel, ainda assim
é justo.
E a perfeição de uma religião deve ser buscada na abrangência e seriedade de suas concepções jurídicas, e o maior desenvolvimento do Islã deve ser buscado nas manifestações de seu poder justo.
A incredulidade do infiel não legitima a violação de seus direitos.
(2)
Então
“Este é um infiel, podemos enganá-lo e causar-lhe prejuízo.”
Não podemos dizer isso. Um infiel deve ser influenciado pelo tratamento humano que recebe de um muçulmano e deve começar a simpatizar com o Islã. Esperar que um não-muçulmano que não tratamos com honestidade se converta ao Islã é uma fantasia.
O Profeta Maomé (que a paz seja com ele) disse:
“Quem oprimir um zimmí, ou lhe impor uma tarefa além de suas forças, ou lhe tirar algo por força, eu serei seu inimigo no Dia do Juízo Final.”
(3)
O Califa Omar encontra um mendigo idoso e cego. Ao perceber que se tratava de um judeu, um membro do povo do Livro, e que mendiava por causa do jizya, da necessidade e da idade, pega-o pela mão e leva-o para casa. Dá-lhe algo. Depois, leva-o…
casa do tesouro
e
(ao tesouro)
envia. Diz ao funcionário lá:
“Ajude-o e a outros como ele. Seria uma injustiça usá-los na juventude e abandoná-los na velhice.”
(4)
Bediuzzaman diz o seguinte:
“Nós, que somos verdadeiros muçulmanos,
Somos enganados, mas não enganamos.
Não baixamos a nível de mentir por uma vida.”(5)
“Muçulmano”
e
“enganar”
São palavras que não deveriam estar juntas. Um muçulmano nunca deve enganar outra pessoa mentindo ou usando artimanhas.
Portanto, as situações que comprometem a seriedade e prejudicam a honestidade são os maiores obstáculos à consolidação da boa moral.
Clique aqui para mais informações:
– É necessário reconciliar-se com os infiéis? …
Notas de rodapé:
1) Al-Maida, 5/42.
2) Yazır, A Língua do Alcorão, a Religião da Verdade, II, 1451.
3) Abu Dawud, Harac, 31-33.
4) Abu Yusuf, Kitabu’l-Harac, Matbaatu’s-Selefiye, Cairo, 1397 hs 136.
5) Bediüzzaman, Divan-ı Harb-i Örfi, p. 32.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas