– Se o governante do nosso país fizer propaganda de ateísmo e, como consequência, uma das minorias muçulmanas do país (curdos, turcos, árabes etc.) iniciar uma rebelião pela independência, é lícito participar do exército do nosso país e lutar contra esses rebeldes para preservar a unidade do nosso país?
– Se lutarmos, seremos considerados infiéis?
– E não gostar daqueles rebeldes é blasfêmia?
Caro irmão,
Para evitar que seja interpretado de forma errada, vamos responder com um exemplo:
O estado chinês persegue os muçulmanos uigures, tentando de todas as maneiras sinicizá-los e convertê-los da fé. Por isso, os muçulmanos, de tempos em tempos, se rebelaram, querendo se libertar dessa opressão, mesmo que isso significasse sofrer grandes perdas.
Participar das forças de segurança do estado chinês para reprimir tal rebelião e lutar contra os muçulmanos é um grande pecado.
Para afirmar que aqueles que fazem isso são infiéis, precisamos conhecer suas circunstâncias e intenções. Não podemos dizer que são infiéis em geral.
Nota:
Se o governante declarar abertamente sua descrença, o muçulmano deve romper o juramento de lealdade, e se possível, deve fazê-lo abertamente; caso contrário, deve fazê-lo em segredo.
ver Bacuri, Tuhfetü’l-mürid şerhu cevhereti’t-tevhid, p. 201.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas