
– É certo eu controlar o que meus filhos acessam na internet em seus telefones e computadores?
– O que você recomendaria para evitar que meu filho se torne viciado em jogos e na internet?
Caro irmão,
Internet;
especialmente durante a pandemia, tornou-se um meio de educação mais importante do que livros e cadernos. Por isso, todos os alunos que recebem educação a partir dos sete anos de idade
indispensável
teve uma necessidade.
Todos deveriam reconhecer agora que, como muitos pais, você está preocupado, com razão, não com a questão de seus filhos acessarem ou não a internet, ou quanto tempo deveriam acessá-la, mas sim com…
como eles vão controlar
estão pensando sobre isso.
Parabenizamos você e todos os pais que pensam como você por essa sensibilidade. Porque, além de estabelecer regras e limites para o uso da internet pelas crianças, controlar e monitorar quais sites elas acessam é de vital importância para o desenvolvimento saudável, tanto físico quanto mental, delas.
Infelizmente, especialmente em nosso país, prevalece uma abordagem educacional mais controladora em casa, de modo que a criança não recebe iniciativa e não é incluída nos mecanismos de decisão, mesmo em assuntos que a concernem. Por isso, a autodisciplina da criança não se desenvolve adequadamente. Neste caso, naturalmente, as crianças, mesmo na adolescência e depois, usam a internet com uma compreensão distante da autodisciplina.
Todos os educadores concordam com isso. Ou seja,
O uso da internet por crianças deve ser monitorado, controlado e, sem dúvida, limitado.
O problema real aqui é:
Como controlar e monitorar o uso da internet por crianças?
Embora existam duas opiniões diferentes sobre isso, a grande maioria dos especialistas em desenvolvimento infantil e pedagogos afirma que não é saudável que os pais acessem o telefone e o computador do filho sem o conhecimento dele.
Por quê?
Em primeiro lugar, ao acessar o computador de uma criança sem o seu conhecimento, invadi-se a sua esfera de privacidade, o que abala a confiança da criança em seus pais. Isso porque se trata de uma violação de privacidade, como entrar no quarto de alguém sem o seu consentimento. Neste caso, a criança, além de desconfiar dos pais, não conseguirá definir seus limites de privacidade, tanto para consigo mesma quanto para com os outros.
Mais importante ainda, a criança não desenvolverá autocontrole e não conseguirá discernir o que é certo e o que é errado. Será necessário que alguém esteja constantemente a supervisioná-la, a adverti-la e a controlar o seu comportamento. No entanto,
Uma criança que desenvolve o autocontrole por conta própria poderá tomar decisões mais facilmente diante do certo e do errado na vida.
Além disso, se a liberdade da criança for restringida por meio da força, da ocultação, da ameaça ou do controle, ela pode resistir e
ele vai querer fazer mais coisas fora de casa, mesmo que não seja em casa.
Além disso, existem muitos sistemas de criptografia diferentes na internet. Se a criança perceber que está sendo monitorada sem entender a importância do assunto, continuará a acessar sites maliciosos por métodos ocultos.
A maneira mais segura que podemos recomendar para isso é:
1)
A alfabetização digital deve ser ensinada à criança a partir dos sete anos de idade. Ou seja,
Os benefícios e os malefícios da internet devem ser explicados.
Deve-se explicar à criança quais são os perigos que os sites maliciosos podem trazer.
Não com frequência, nem em forma de conselho, nem em voz alta, nem com repreensão, nem mesmo com ameaças.
Explique como se estivesse conversando com a criança, em um momento de calma.
2)
Os pais devem monitorar o comportamento da criança, verificando, por exemplo, se há uso secreto da internet. Deve-se verificar se ela usa a internet no banheiro, em um quarto trancado, ou em horários tardios da noite. Além disso, deve-se observar se há alguma alteração nas palavras ou comportamentos da criança.
Neste caso, é necessário conversar novamente com a criança, em um ambiente de conversa, sobre sites perigosos na internet. Deve-se refletir sobre por que a criança acessa esses sites.
3)
Se necessário.
“Se quiseres, podemos ver juntos os sites que visitaste. Há algum que seja perigoso?”
dizendo que, com o consentimento dele, os sites que ele acessa ocasionalmente podem ser verificados.
Se não houver site malicioso,
“Parabéns, estou orgulhoso de você; fiquei muito feliz por você ter atingido a maturidade para discernir o que é bom e o que é prejudicial.”
Deve-se honrar esse comportamento, pois comportamentos aprovados e reconhecidos são repetidos. Se houver sites perigosos, deve-se explicar de forma lógica por que são perigosos. Se a criança for muito pequena, deve-se impor uma proibição, se necessário.
Se houver sites perigosos entre os que ele acessa, novamente, é preciso discutir e conversar com a criança. Se você não conseguir convencê-la, pode fazer com que ela converse com um parente próximo que consiga convencê-la.
(Neste caso também é absolutamente necessário obter o consentimento da criança.)
Se ele acessava com frequência sites que colocavam sua vida em risco,
É necessário consultar um especialista.
4)
Os pais e irmãos mais velhos também devem servir como modelos nesse assunto. Se houver Wi-Fi de uso comum em casa, as crianças podem ver quais sites os adultos acessam. Nesse caso, as palavras dos pais não terão efeito algum.
Tentar ajudar a criança a desenvolver o autocontrole, explicando e compartilhando coisas com ela, pode ser um processo longo. Porque comportamentos que se estabeleceram ao longo do tempo só podem ser corrigidos com o tempo, não é possível mudá-los de repente.
Mas, uma vez que a criança adquire o autocontrole, ela poderá se proteger por toda a vida. Por isso, é preciso abordar o assunto com paciência, compaixão e atenção.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas