– Ateístas atacam a religião através da cleptomania. Na cleptomania, o indivíduo, mesmo sem necessidade de dinheiro, não consegue controlar um impulso irresistível e rouba.
– É impossível dizer que é insuportável, todos os médicos dizem isso. Pesquisas indicam que centenas de milhares de pessoas no mundo estão presas por causa dessa doença, sendo inocentes.
– Sendo que a punição para o ladrão no Islã é a amputação da mão e que isso não era conhecido até 100 anos atrás, certamente houve mãos amputadas injustamente.
– Os ateístes dizem que, se Deus sabia que ia castigar com a amputação da mão todo ladrão, então Ele não conhecia a kleptomania. Você pode dizer que a pessoa precisa controlar a si mesma por causa da provação, mas isso não é injusto com ela?
– Porque os médicos dizem que é uma ‘impulsividade insuportável’. Ele vai ter a mão cortada só por causa de uma doença insuportável?
Caro irmão,
Resposta 1:
Que influencia fortemente a vontade e a direciona, forçando-a.
A mão de quem rouba por causa de uma doença não é cortada.
Se o diagnóstico dessa doença fosse possível no passado, ela não teria sido interrompida, e não foi.
Não é costume nem tradição divina que Deus Alá informe o juiz, o médico ou a pessoa relevante sobre cada evento.
Resposta 2:
Involuntário,
Para responder à questão dos atos praticados sob coação, apresentemos um hadiz:
“Certamente, Allah perdoará a minha nação por seus erros, esquecimentos e aquilo que foram forçados a fazer.”
(a sentença de n)
foi removido.”
(ver Ibn Majah, Talak, 16)
Portanto, fica claro e evidente que uma pessoa não será responsabilizada por atos que cometeu involuntariamente, seja devido a uma doença psicológica ou a uma coerção externa.
Quanto à alegação feita na pergunta, trata-se de um pretexto inventado para atacar o Islã. Vamos analisar isso juntos:
1.
O Islã exige a amputação da mão de um ladrão se as condições para o crime de roubo forem preenchidas. Uma das condições principais é que a pessoa não tenha roubado por necessidade. Por exemplo, se alguém estiver passando fome e não tiver dinheiro para comprar pão, não considera crime roubar o pão para comer.
2.
Não é Deus quem estabeleceu a pena de amputação da mão? Sim, é Ele. Mas quem criou o homem? Se Deus também criou o homem, e se o homem tem uma suposta e irresistível paixão pelo roubo, Deus não sabe disso? Claro que sabe. Então, por que Deus estabeleceria a pena de amputação da mão?
3.
Quem afirma que o roubo é uma paixão irresistível para alguns? Dizem que alguns médicos dizem isso. Nós nunca tínhamos ouvido falar de tal coisa…
“uma irresistível sensação de roubo”
Nunca ouvimos falar da alegação de sua existência. Acreditamos que tal alegação deve ter sido inventada por alguns ateus.
4.
Independentemente de quem invente tal alegação, o critério aqui deve ser o seguinte:
Deus, que criou o homem, certamente conhece melhor os desejos e anseios humanos do que um médico que apenas conhece o homem superficialmente. Aqui, a palavra de Deus, e não a do médico, é a que prevalece.
Se alguém inventou essa história contra a questão do corte da mão do ladrão no Islã, como eles se oporiam ao ladrão se o prejuízo atingisse a eles?
Gostaríamos de relatar um incidente que ocorreu aqui. Em uma conversa noturna, um membro do parlamento, que alegava defender a humanidade, se opôs a essa disposição do Islã e falou a favor do ladrão.
Ele defendeu, com todas as suas forças, que a amputação da mão por roubo não era apropriada.
Imaginem só. Ao acordar, ele viu que o carro havia sido roubado. Perdeu a cabeça. O carro que ele havia comprado com o suor do seu trabalho, economizando a vida toda, havia desaparecido. Ele, sua esposa e seus filhos estavam desolados. Nem um mês havia se passado desde que ele comprou o carro. Eles sonhavam em ir para a cidade natal com os filhos durante as férias de verão. Todos os seus sonhos haviam acabado, estavam destruídos. Sua esposa e seus filhos choravam.
Sem esforço, sem suor, alguém veio e roubou o carro que era o resultado de seu trabalho e dedicação. Provavelmente agora está rindo da situação à distância, talvez até se rindo dele. Assim como alguns colocam um amuleto de ferradura no lugar do carro roubado, para trazer sorte.
À noite, esse sujeito, que criticava o Islã por querer que a mão do ladrão fosse cortada, gritava a plenos pulmões que o ladrão deveria ser executado e que ele havia trabalhado e se esforçado muito para comprar aquele carro.
O que aconteceu? Ontem à noite você defendia o roubo e criticava a punição islâmica para esse crime. Agora, você quer não apenas que a mão do ladrão seja cortada, mas que ele seja executado. Que gritaria você faz quando a situação te afeta pessoalmente!
Agora vocês veem a miséria que as pessoas sofrem nas mãos dos ladrões. Se a mão de um ou dois fosse cortada, não haveria mais roubo. De fato, durante os seiscentos anos de reinado do Império Otomano, apenas algumas pessoas tiveram a mão cortada. Mas os comerciantes, quando iam à mesquita, colocavam apenas uma cadeira na porta para que soubessem que não havia ninguém dentro. Tudo era público. Ninguém olhava para trás. Mas vocês conhecem melhor a situação atual.
Para concluir, gostaríamos de dizer que Deus, no Alcorão, diz:
“…Na vingança está a vida para vós…”
(Al-Baqara, 2/179)
Ele diz. Portanto, a paz e a felicidade da sociedade residem na aplicação de Seus decretos. Caso contrário, você prende o ladrão, ele aprende todos os segredos do roubo lá e sai como um ladrão melhor, destruindo em um instante a fortuna que você acumulou a vida toda.
Se você for vítima de tal roubo, atribua a perda de sua fortuna à irresistível paixão por roubo deles, e ninguém terá nada a dizer. Depois, tome um copo de água gelada. Que a água lhe faça bem!
Mas
Um muçulmano está ciente de que há vida nos mandamentos de Alá.
Ele não quer a execução do ladrão, mas sim que lhe cortem a mão. Certamente, Deus sabe melhor.
A paz e a felicidade dos seres humanos, tanto neste mundo quanto na vida após a morte, residem na obediência aos mandamentos de Deus.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas