Caro irmão,
Para analisar isso, vamos primeiro relembrar o que é o destino:
Em resumo, é o fato de que todo ser e todo evento, com todos os seus detalhes, são conhecidos por Deus em seu conhecimento eterno e, portanto, são predestinados e criados de acordo com esse conhecimento. Todo evento, seu lugar e seu tempo, são determinados desde a eternidade. Assim como o que acontece no universo, o que acontecerá também é conhecido por Deus. Nenhum evento pode ser concebido fora do conhecimento divino. Tudo o que acontece, dentro dos limites do conhecimento divino, que chamamos de destino, acontece. A verdade do destino, que abrange todos os lugares e todos os tempos, não deixa espaço para o acaso.
Deus, que criou o mundo do nada, o faz voar como uma nave espacial ao redor do sol, muda as estações dentro de um grande sistema, cria plantas, animais e humanos na Terra, regula inúmeras coisas no tempo e na hora, sem erro, com uma medida incompreensível, e com seu conhecimento, vontade e poder infinitos, reúne os átomos de forma milagrosa e cria obras extraordinárias; Ele não saberia, não teria vontade, não deixaria ao acaso, não confiaria à casualidade um evento importante como um terremoto, que ocorre em sua própria propriedade e afeta diretamente os seres humanos… É possível?
Assim como todo evento no universo, o terremoto também é conhecido e executado por Deus. Quando e onde ocorrerá o terremoto, como será, quem morrerá e quem sobreviverá, todos esses elementos, com todos os detalhes, estão presentes no destino.
Tendo assim estabelecido esta verdade fundamental e renovado a nossa fé, vamos agora examinar outro ponto.
“Não usamos essa frase para negar o destino e dizer que o terremoto ocorreu por acaso. Nosso objetivo é alertar as pessoas para a necessidade de precaução. Podemos prevenir, em certa medida, os danos dessa catástrofe com medidas como não construir assentamentos em zonas sísmicas, construir edifícios que levem em consideração a possibilidade de terremotos e usar materiais leves e resistentes a terremotos na construção. É isso que queremos, lembrando esses pontos e alertando os negligentes.”
É importante ressaltar que confundir resignação cega com a adoção de medidas é um equívoco. A compreensão islâmica da confiança em Deus (tawakkul) não significa esperar o resultado sem tomar medidas, mas sim esperar o resultado com resignação depois de ter feito tudo ao seu alcance. É tentar as causas e pedir o resultado a Deus. Porque não existe uma regra que diga que a conjunção de causas necessariamente produzirá um resultado. As causas não são criadoras, mas meios. Independentemente do que for feito para tomar medidas, é Deus quem criará os resultados.
Se tomarmos precauções ou não, o que acontecerá, acontecerá. Nós, humanos, somos como navios navegando no oceano do destino. Não importa para qual direção viramos nosso rumo, tomemos precauções ou não, não nos afastaremos daquele oceano do conhecimento.
Por exemplo, um pobre não pode dizer que ficou rico trabalhando. O que mudou foi a sua condição, a pobreza foi substituída pela riqueza. Ele deveria dizer:
Pelo contrário, ele quer que tomemos precauções primeiro e depois confiemos em Deus.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas
