Caro irmão,
Enquanto outros muçulmanos emigravam secretamente, Omar vestiu sua espada. Pegou seu arco, suas flechas e sua lança e foi à Caaba. Circunambulou a Caaba sete vezes abertamente. Com coragem, dirigiu-se aos chefes pagãos que estavam lá, dizendo:
“Eis que eu também migro na via de Deus para proteger minha religião. Que aquele que quiser deixar viúva a minha esposa, fazer chorar a minha mãe, deixar órfãos os meus filhos, venha à minha frente neste vale!” (Insaan al-Uyun, 2/183-184)
Após esse chamado audacioso, ele seguiu para Medina com cerca de vinte muçulmanos, no meio do dia. Nenhum dos politeístas teve coragem de persegui-los.
Assim, em poucos meses, a grande maioria dos muçulmanos deixou Meca para se estabelecer em Medina. Ficaram para trás o Profeta, Abu Bakr, Ali, aqueles que eram muito pobres para prover os meios de viagem, aqueles que não tinham condições de viajar e aqueles que foram presos pelos politeístas.
O Profeta Maomé também pretendia emigrar, mas aguardava a permissão de Deus a respeito. Aliás, a cada vez que Abu Bakr expressava seu desejo de emigrar para Medina,
“Tenha paciência! Que Deus, por sua graça, lhe conceda um amigo.”
ordenava.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas