– A equipe de Roth e Andersson desativou o gene que codifica a enzima TrpF da bactéria Salmonella, usada como modelo. Essa enzima é necessária para a síntese do aminoácido triptofano. Mutantes de Salmonella foram analisadas e um mutante que, apesar da desativação do gene, ainda conseguia sintetizar pequenas quantidades de triptofano foi selecionado para experimentos posteriores. Os experimentos revelaram que esse mutante também conseguia produzir triptofano através do gene HisA, que codifica a proteína responsável pela produção do aminoácido histidina. A equipe desativou o gene responsável pela produção de triptofano na Salmonella, inseriu o gene HisA com as duas funções no organismo e estudou a Salmonella por um ano, cultivando-a em um meio sem triptofano por 3.000 gerações.
– Os resultados mostraram que as bactérias, inicialmente com crescimento lento, passaram a crescer mais rapidamente após 3000 gerações. Analisou-se geneticamente essas gerações. Neste processo, inicialmente, o gene, que existia em uma única cópia, e consequentemente a proteína que ele produzia, geravam pequenas quantidades de triptofano, resultando em um crescimento bacteriano lento. Posteriormente, surgiram múltiplas cópias do gene, e uma mutação em uma dessas cópias aumentou a eficiência da produção de triptofano, como no modelo. Enquanto essa cópia e a cópia original persistiram, as outras cópias múltiplas desapareceram com o tempo. Como a produção de triptofano aumentou nas gerações mais recentes, a taxa de crescimento das bactérias também aumentou.
– Pode explicar?
Caro irmão,
Este é o mecanismo normal de reprodução das bactérias, como descrito aqui.
Ou seja, as bactérias, que são unicelulares, são colocadas em um meio de cultura especialmente preparado. Lá, sua reprodução é facilitada. Em suas sequências de DNA, cuja estrutura genética foi codificada por Deus, existem genes que desempenham diversas funções. Cada gene tem uma função diferente atribuída pelo Criador. Às vezes, um gene codifica mais de uma estrutura.
Neste experimento mencionado, alguns genes foram bloqueados, impedindo-os de desempenhar as funções pelas quais eram responsáveis.
Embora a função dos genes bloqueados tenha sido assumida por outros genes, a função de alguns genes não pôde ser cumprida, e, portanto, as características que eles causavam foram desativadas.
Podemos explicar isso em organismos de estrutura complexa da seguinte forma:
Por exemplo, vamos assumir que bloqueamos os genes responsáveis pelo olho direito de um ser humano enquanto ele ainda é um embrião. Então, essa pessoa não terá o olho direito. Se você bloquear também os genes responsáveis pelo olho esquerdo, então essa pessoa não terá nenhum dos dois olhos.
Por exemplo, se você interferir em uma vaca na fase embrionária e desativar os genes responsáveis pela formação de suas patas, então uma ou ambas as patas da vaca não se formarão.
Se você impedir que certos genes funcionem, tanto em bactérias quanto em organismos complexos, os órgãos pelos quais esses genes são responsáveis não se desenvolverão nesse organismo.
Esses organismos, nos quais a função de alguns genes é bloqueada dessa forma, são chamados de:
organismo mutado
diz-se. Um ser vivo que passou por tal mutação pode ser uma bactéria, um humano ou um animal. Um humano que passou por essa mutação, ou seja, alguém com alguns órgãos não formados, ainda se enquadra na categoria humana. Da mesma forma, uma vaca com uma ou três patas ainda pertence ao grupo das vacas. Ou seja,
Não se pode obter uma ovelha a partir de uma vaca mutante.
O mesmo acontece no experimento com bactérias mencionado. Ao interferir na bactéria existente e bloquear a função de alguns genes, obtém-se uma bactéria mutada. O resultado final é ainda uma bactéria. Não é possível que essa bactéria se transforme em um pintinho, pois sua estrutura genética foi moldada pelo Criador para ser uma bactéria.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas
