Botânicos, biólogos e outros cientistas não conseguem dizer muito sobre a origem da vida. Como podemos abordar o assunto de uma perspectiva religiosa?

Resposta

Caro irmão,

Muitos estudiosos investigam a origem da vida, mas chegam a um ponto e param. Eles têm um desculpa estereotipada em mãos, a qual usam para explicar as questões que não conseguem resolver. Em nossa opinião, esses estudiosos cometem um erro de método.

Enquanto investigam a origem da vida, retrocedem e, ao encontrar objetos inanimados, param. Como não conseguem estabelecer uma ligação entre eles e a vida, não encontram outra solução a não ser esperar. Na verdade, seria melhor se não parassem naquele ponto e continuassem seu caminho. Se, por um instante, deixassem a vida de lado e investigassem a origem desses objetos inanimados, também encontrariam a origem da vida.

Este universo e tudo o que nele existe são tecidos com mais de cem elementos que se unem na inanimacidade. Cada um deles possui propriedades diferentes. Se pararem neste ponto e pensarem, chegarão à raiz do problema.

Uma característica do inanimado é a imobilidade. Outra é a incapacidade de pensar, outra ainda é a incapacidade de crescer, de evoluir. Mais ainda, é a incapacidade de sentir, de compreender. A partir da combinação de elementos com essas características de deficiência, surgiram diferentes seres. Um tornou-se montanha, outro pedra. Um tornou-se água, outro ar. Um tornou-se estrela, outro sol. Um tornou-se lua, outro a Terra…

Todos esses seres não interagem entre si. Portanto, a questão de quem serve a quê permanece em aberto.

Então, as plantas foram criadas. Assim, o universo ganhou um certo significado. A queima do sol, a rotação da Terra ganharam significado. A noite, o dia, a terra, o ar, a atmosfera ganharam significado; servindo às plantas.

Mas as plantas ainda não tinham significado em si mesmas. Por que possuíam tais ou quais características permanecia um mistério para os anjos e os espíritos. Ao lado de mais de um milhão de espécies de plantas, um número equivalente de espécies animais surgiu no mundo. Cada uma se estabeleceu à sua própria mesa. Embora todos esses animais compartilhassem a alimentação e a bebida, cada um tinha características diferentes dos outros. Essas capacidades não serviam apenas para comer. Nem a força do boi era para arrancar a erva, nem a velocidade do cavalo para capturar a erva. Essas e muitas outras verdades revelavam outra verdade. Devia haver uma criatura diferente para a qual esses animais servissem! E finalmente o homem foi criado… Ficou claro que a verdadeira finalidade de cada animal, além de obter seu próprio sustento, estava centrada no homem. Ficou evidente, com toda a clareza, que todos foram criados para o homem e pelo homem…

Agora, ao passarmos instantaneamente da conclusão final aos elementos, encontramos a seguinte verdade: existe uma estreita relação entre as necessidades tão diversas do homem e a diversidade dos elementos. Quem estabeleceu essa relação? … Por que um desses elementos se tornou ferro, outro cobre, um nitrogênio, outro carbono…

Há alguém que reveste esses seres inanimados e ignorantes com essas características e os organiza de acordo com a vida. A fonte da vida é, portanto, apenas a Sua misericórdia, a Sua sabedoria, o Seu ato de dar vida, o Seu ato de prover.

Essa verdade precisa ser aceita primeiro para que as pesquisas sobre como a primeira forma de vida foi criada ganhem sentido. Caso contrário, não se faz nada além de perder tempo, entreter as pessoas ou desviá-las do assunto.

Enquanto deu às plantas apenas a capacidade de crescer e se desenvolver, dotou os animais de sensibilidade e enriqueciu a vida humana com tantos bens como o coração, a razão, a consciência e a memória.

A perfeição da existência manifestou-se na vida humana em sua forma mais bela e completa.

Será possível atribuir à matéria este milagre da vida, que se funde com qualidades, capacidades, forças e sentimentos, ou explicá-lo pela evolução de elementos inanimados?


Com saudações e bênçãos…

O Islamismo em Perguntas e Respostas

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