– As nações podem ter o objetivo de tomar suas próprias decisões e estabelecer seu próprio estado e sistema?
– Ficaria grato se pudesse explicar isso com versículos do Alcorão, hadiths e pareceres de jurisprudência islâmica.
Caro irmão,
– No Islã
“nação”
(comunidade)
o conceito,
-no verdadeiro sentido da palavra-
significa uma comunidade de muçulmanos que seguem a mesma religião.
Em sentido figurado, abrange todos os cidadãos que estão dentro do estado islâmico e que aceitam sua soberania.
O Profeta Maomé (que a paz esteja com ele),
No “Documento de Medina”, consta que “Os judeus de Beni Avf constituem uma comunidade juntamente com os crentes”.
(Muhammed Hamidullah, O Profeta do Islã, II/503)
Essa expressão é um indicativo disso.
Portanto,
Estado Islâmico
A receita original de pode ser feita da seguinte forma:
“A nação islâmica (ummah) é a comunidade de pessoas que aceitam viver juntas sob a soberania política do estado islâmico.”
– Até há um ou dois séculos atrás, em nenhum lugar do mundo
“Estado-nação”
não havia tal pensamento. O mundo islâmico também não é exceção. Por esse motivo,
“A autodeterminação dos povos”
o princípio, no século XX
“estado-nação”
é um ponto levantado pelo mundo ocidental que aceita essa ideia. Entre os valores fundamentais do Islã
“estado-nação”
Não existe tal conceito, nem há lugar para o princípio em questão.
– No entanto, no pensamento político islâmico, como expresso nos hadiths,
“Nem o árabe tem superioridade sobre o não-árabe, nem o não-árabe sobre o árabe; nem o branco sobre o negro, nem o negro sobre o branco. A única medida de superioridade é a piedade.”
Isso não é um critério para a vida terrena, mas para a vida após a morte. Ou seja, no mundo, um santo e um pecador desfrutam dos mesmos direitos.
Cidadãos do Estado
-como pessoa-
são iguais como os dentes de um pente. Nenhuma raça, cargo ou religião tem privilégio perante a lei. O nosso Profeta (que a paz esteja com ele),
“Eu serei o inimigo/adversário no Dia do Juízo Final de quem atormentar um cidadão zimmí/não-muçulmano.”
(Kenzu’l-Ummal, IV / 618)
as expressões concisas que expressam esse significado demonstram que a diferença religiosa também não pode ser considerada perante a lei.
– Na religião islâmica, nenhum direito de soberania de uma nação é superior ao de outra. Se, no Islã, uma nação…
“Determinar seu próprio destino”
Se existe um princípio que prevê a concessão de direitos, ele se aplica a todas as nações. A formação dos estados islâmicos nos países islâmicos de hoje não se baseia no Islã, mas sim no que os não-muçulmanos estabeleceram.
“estado-nação”
foi projetado dentro desse quadro. É possível encontrar até dezenas de estados da mesma nação.
Portanto, este caso é muito significativo por mostrar como a estratégia de “divide e conquista” é aplicada e como os muçulmanos que se afastam da religião e da fé caem nessa armadilha.
– “Estado-nação”
a compreensão é,
“Apegai-vos todos firmemente à corda de Alá (à religião de Alá), e não vos dividais. Recordai-vos da graça de Alá sobre vós, quando éreis inimigos uns dos outros, e Ele uniu os vossos corações, e por Sua graça vos tornou irmãos. E estiveis à beira de um poço de fogo, e Ele vos salvou dele. Assim Alá vos esclarece os Seus versículos, para que vos oriente para o caminho reto.”
(Al-i Imrã, 3/103)
é contrário à expressão do versículo em questão.
– O mundo islâmico pode ser constituído como um conjunto de estados, subordinados a um califa simbólico, e esses estados podem ser projetados de acordo com os desejos de diferentes nações, se for conveniente. Toda nação tem o direito de participar de tal organização.
A seguinte declaração de Bediüzzaman parece indicar que o mundo islâmico passará para um sistema desse tipo no futuro:
“…Especialmente daqui a quarenta ou cinquenta anos, esperamos com fé, pela graça de Deus, que as tribos árabes alcancem um estado tão elevado como o das Repúblicas Unidas da América, e que vocês consigam restabelecer o domínio islâmico, que está em cativeiro, em metade do globo, talvez até na maior parte, como nos velhos tempos. Se Deus quiser, a próxima geração verá isso, a menos que o fim do mundo chegue antes.”
(Hutbe-i Şamiye, p. 62).
– Por fim, uma citação de Bediüzzaman:
(Divan-ı harb-i örfi, pp. 50-52)
Queremos resumir:
De acordo com o mestre, o Império Otomano daquela época ou, de forma geral,
“as repúblicas islâmicas unidas”
É um sistema solar. Cada região dependente do Império Otomano (ou de todo o mundo islâmico) é um planeta e um satélite desse sistema solar. O bom funcionamento desse sistema depende do bom funcionamento desses planetas ligados ao seu centro.
Por exemplo, a região do Curdistão daquela época também é um planeta. Quanto mais estável for a órbita desse planeta, mais regular e sólido será o sistema solar otomano ao qual ele está ligado, movendo-se em direção ao seu objetivo.
O fato de os planetas do sistema solar estarem seguindo rotas erradas indica que a lei da gravitação entre eles e o sol está sendo perturbada e que o sistema está se aproximando de um colapso gradual.
Sim, o sistema otomânico estava fadado ao colapso porque a força de gravitação entre o sol e os planetas regionais que orbitavam em torno dele havia desaparecido.
Se usarmos a mesma expressão para o nosso país; hoje.
“Sistema solar da Turquia”
para que também continue de forma sólida em todos os seus planetas/(regiões).
as luzes da sabedoria, da consulta, da liberdade, da justiça, da igualdade, da religião, da confiança/segurança
onde é refletido
o centro de atração da unidade, fraternidade, sinceridade e segurança
precisa ser criado.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas