– A água-viva, que os cientistas chamam de Turritopsis Dohrnii, não morre.
– Isso não contradiz o versículo “Toda alma experimentará a morte”?
Caro irmão,
É difícil determinar os limites do conhecimento sobre essa forma de imortalidade, ou seja, dizer o que significa esse período de imortalidade. Se algo assim fosse real, chegamos à questão de saber se isso entraria em conflito com o Alcorão:
O Alcorão diz o seguinte:
Nesses e em outros versículos semelhantes, encontramos as suas sentenças.
– Vamos tentar reforçar a regra com alguns exemplos:
O fato de uma água-viva chamada *Turritopsis* continuar viva alterando sua estrutura celular não significa que ela nunca morra. Os humanos também estão sempre mudando suas células. A cada seis meses, a grande maioria de suas células morre e renasce, e a cada seis anos, quase todas as células morrem e renascem, mostrando uma amostra de imortalidade.
O Sol também se mantém vivo por meio da fusão. Durante a maior parte da vida do Sol, a energia é gerada por meio de uma série de etapas chamadas de reação em cadeia próton-próton. Nessas etapas, ocorre a fusão nuclear, que converte hidrogênio em hélio. O núcleo é o único lugar onde a fusão gera calor em grande escala. 99% da energia solar é gerada aqui.
Como o Sol é uma estrela da sequência principal, a energia produzida pela fusão nuclear em seu núcleo atualmente consegue deter completamente o colapso gravitacional. Ou seja, existe um estado de equilíbrio. Enquanto a estrela permanecer na sequência principal, esse estado de equilíbrio continua. A cada segundo, cerca de seiscentos tons de hidrogênio se transformam em hélio no centro do Sol, que tem uma temperatura de quinze milhões de graus.
No entanto, estudos científicos mostram que, assim como toda estrela tem um ciclo de vida, o Sol também tem um ciclo de vida determinado e não emitirá energia para sempre; um dia, ele também estará condenado a uma espécie de morte, dependendo de sua localização. O fato de a água-viva Turritopsis Dohrnii ter uma longa vida não significa que ela seja imortal.
Nos céus, Jesus Cristo, na terra, Elias, têm vivido por milhares de anos, fora dos padrões normais da vida, mas ainda assim um dia morrerão. A água-viva Turritopsis Dohrnii também deve ser avaliada dentro dessa perspectiva.
Esta espécie do grupo está presente em mares abertos e oceanos. Com uma estrutura corporal gelatinosa, o ciclo de vida desta água-viva é semelhante ao de uma borboleta ou de uma samambaia.
Assim como o ciclo de vida da borboleta começa com um ovo, passa por uma fase de lagarta e, finalmente, continua sua vida como borboleta. A morte da borboleta não significa o fim de sua vida, mas sim que sua vida continua, de certa forma, através de seu ovo.
Da mesma forma, o ciclo de vida de uma samambaia começa com um esporo, que germina e produz uma planta chamada protal, com 5 a 10 milímetros de tamanho. Sobre essa protal, desenvolvem-se órgãos masculinos e femininos, formando células de esperma e óvulo. A união dessas células de esperma e óvulo resulta na planta da samambaia. A samambaia continua seu ciclo de vida ao produzir esporos.
O ciclo de vida começa com o pólipo, a partir do qual se formam medusas, que são as águas-vivas que nadam livremente. A partir dessas medusas, surgem estruturas chamadas planúlas, que por sua vez geram indivíduos com estolones. Esses indivíduos com estolones então produzem pólipos, que por fim formam colônias de pólipos. Assim, o ciclo de vida da água-viva é completado.
Como não se conhece a duração exata da vida natural dos indivíduos adultos, utiliza-se o termo inglês.
Este assunto foi apresentado na mídia como tal. Além disso, tentou-se argumentar que isso contrariava um versículo do Alcorão.
Diz-se que a duração natural de vida desses indivíduos é desconhecida. No entanto, a vida de cada um deles terminará quando forem devorados por outros seres vivos.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas
