Ao rezar na Mesquita Sagrada, deve-se olhar para o local da prostração ou para a Caaba?

Resposta

Caro irmão,

Seja uma oração obrigatória ou voluntária, orientar-se para a Qibla (istikbâl al-qibla) é um dos requisitos para a validade da oração, e, exceto em algumas situações de necessidade e permissão, a oração será inválida se esse requisito não for cumprido.

De acordo com as quatro correntes de pensamento islâmicas, é obrigatório que quem reza na Mesquita Sagrada (Mescid-i Haram) direcione seu rosto e sua orientação para o próprio edifício da Kaaba.

Para aqueles que estão distantes da Kaaba, é suficiente que se dirijam à direção em que ela se encontra, e não à própria Kaaba. Os estudiosos de direito islâmico não consideram pequenos desvios nessa direção como desvio da Qibla (direção da Kaaba), e geralmente consideram a direção da Kaaba a partir do ponto em que ela se encontra.

Este estado é um meio importante para a união interior e espiritual do homem com Deus, que é absoluto e transcendente, e a manifestação desta união e unidade (tawhid) no plano externo e social também é de grande importância como um meio de representar a unidade das pessoas (ummah) que se dirigem ao mesmo centro espiritual.

O Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele),

Os hadices que tratam desse assunto, em sua tradução, revelam a função e a importância da Qibla tanto no âmbito interno e espiritual quanto no âmbito externo e material.

O último hadith e alguns outros hadiths com o mesmo conteúdo (ver Bukhari, ay) explicam os comportamentos principais que distinguem os muçulmanos que aceitaram o convite do Profeta (que a paz seja com ele) dos seguidores de outras religiões e que são sinais visíveis de pertencimento à comunidade islâmica. A menção separada da Qibla, embora seja um requisito e parte da oração, demonstra a importância que lhe é atribuída.

Toda manifestação espiritual tem, fundamentalmente, uma natureza individual. A unidade e a integração entre pessoas que compartilham os mesmos propósitos espirituais e religiosos só são possíveis por meio de manifestações materiais e sociais comuns. A ênfase no Corão (Al-Baqara, 2/148) de que cada comunidade tem uma qibla para a qual se volta, demonstra o papel crucial que a qibla desempenha na formação de uma sociedade unida por uma consciência comum, tanto no âmbito material quanto espiritual.

Devido ao papel central que a oração e a Qibla desempenham, tanto para a profundidade e maturidade individual espiritual quanto para a identidade social comum, a pertença à comunidade islâmica.


Com saudações e bênçãos…

O Islamismo em Perguntas e Respostas

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