– Não parece injusto?
Caro irmão,
Primeiramente, é preciso deixar claro que deixar um indivíduo que deseja praticar o mal, usando seu livre-arbítrio, à sua própria sorte é uma justiça. Porque a provação consiste precisamente na capacidade do indivíduo de direcionar seu livre-arbítrio para o bem ou para o mal. Se Deus impedisse a prática do mal em cada indivíduo que o desejasse, não haveria provação. A intervenção de Deus para impedir que alguns cometam o mal é, portanto, um favor, uma benevolência.
Fazer bem a alguém não significa fazer mal a outro. Aquele que faz bem a um não precisa fazer bem a todos… Se os homens têm livre-arbítrio – e têm – Deus não teria livre-arbítrio? Que mal há em Deus usar esse livre-arbítrio para impedir alguns de seus servos de fazer o mal, para perdoar alguns? Isso significa algo além de bem?
Como explicado repetidamente em nosso site,
destino
É um tipo de conhecimento de Deus. Ou seja, é um programa feito no conhecimento de Deus. Este programa,
-aquele que, com seu conhecimento, abrange o passado e o futuro em um instante, e cuja justiça é comprovada pela ordem, regularidade, equilíbrio e proporções que existem no universo-
É um programa previsto por Deus. É possível que alguém que realmente acredita em Deus, com conhecimento e consciência, pense que haja algo errado, injusto ou desproporcional nesse programa?
Para alguém que não conhece a Deus da maneira ensinada pela religião islâmica, a mais elevada das religiões verdadeiras, falar de destino é impossível. Porque o destino é um princípio da fé que só entra em vigor após uma fé sólida nos outros princípios da fé. É impossível provar o destino a alguém que não tem fé. No entanto, quanto maior a fé dos crentes, mais forte se torna a sua crença no destino justo.
Não há dúvida de que o destino é uma questão de ciência. Fase de aplicação.
“acidente”
é chamado de destino. Como o destino é um tipo de conhecimento, não há tal coisa como coerção nele. Porque o atributo do conhecimento não tem uma função coercitiva.
O acidente,
Como Ele olha para o poder, é impossível impedir algo que Deus quer que aconteça. Mas, como o Corão enfatiza repetidamente que Deus é justo, e seu conhecimento é infinito, vendo o passado e o futuro simultaneamente, o programa do destino estabelecido também leva em consideração o livre-arbítrio das pessoas em eventos futuros. Ou seja, um indivíduo no futuro…
-em assuntos relacionados à prova/exame-
Como Deus sabe de antemão como alguém vai agir, Ele também incluiu isso no programa do destino. Com as expressões imortais dos antigos.
“O conhecimento depende do conhecido.”
Ou seja, as coisas acontecem como têm que acontecer.
Portanto, o servo não comete pecado porque Deus sabe, mas Deus sabe porque o servo comete/cometerá pecado.
É importante lembrar que o destino não é um programa formatado no passado de um determinado período de tempo. Ao contrário, é uma manifestação do conhecimento infinito de Deus, que vê o passado e o futuro em um instante… Embora nossa mente não consiga compreender a infinitude, e por isso tenha dificuldade em entender este aspecto do destino, ao observar o assunto através do prisma da fé, a questão se torna muito mais fácil de entender.
Pode-se até dizer que, como a ação livre do homem também está incluída no programa do destino, ele não pode renunciar a essa liberdade, mesmo que queira. Porque a relação do destino com essa livre vontade não a enfraquece, mas a fortalece…
Que Deus, com Seu infinito poder, sabedoria e misericórdia, nos inclua entre Seus servos que compreendem plenamente o assunto do destino. (Amém!)
Clique aqui para mais informações:
– Questão de ancestralidade, acaso, destino…
– Se o que vamos fazer está escrito no nosso destino, qual é a nossa culpa? …
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas