A terra e o céu são seres conscientes? Entendem, desejam, escolhem, respondem, obedecem a ordens?

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Resposta

Caro irmão,

– O versículo 11 da Sura Fussilat se dirige à terra e ao céu. O significado é a terra e o céu. Deus falou e ordenou à terra e ao céu. E eles responderam e obedeceram.

Podemos avaliar o diálogo contido neste versículo dentro de uma certa estrutura. Ou seja, Deus, em sua onipotência, declara que nada pode resistir à sua vontade, que a impotência não pode penetrar na sua potência eterna, e portanto, não há diferença entre criar um átomo e criar um universo inteiro. Ele transmitiu à mente humana as reflexões de sua onipotência, descrevendo o diálogo, feito na linguagem da sabedoria, dentro da arte da interrogação.

O falecido Elmalılı Hamdi Yazır, em sua explicação deste versículo, registrou o seguinte:

disse. Ele ordenou que todo o céu, a terra e o ar se movessem em conjunto. disseram.”

“Embora alguns tenham tentado entender essa obediência e submissão voluntária em um sentido consciente, o significado de obediência e submissão absolutas prevalece. Ou seja, mesmo que, no comando dado e na influência exercida, cada um seja levado a um ato e movimento contrário à sua própria natureza, eles tornaram a aceitação disso uma natureza, um hábito. Por isso, aceitam como naturais as influências de diversas naturezas, como movimento e imobilidade. Não manifestam nenhuma oposição à ordem divina.”

Taberi interpretou o versículo da seguinte maneira: Com esse comando, Deus quis dizer o seguinte:

“Ó céu e terra! Ambos, manifestai o que criai em vós; ó céu! Manifesta o sol, a lua e as estrelas que criai em ti… e ó terra! Manifesta as plantas, as árvores, os frutos, os rios e os mares que criai em ti!” E eles responderam que cumpririam essa ordem.

Desta explicação, entende-se que, no versículo, o céu e a terra, cada um deles, assumiram uma ordem e um sistema próprios, revestindo-se de um caráter e de uma natureza que servisse à realização dos propósitos previstos pela providência divina, por ordem da sabedoria ou do destino, e assim se tornou realidade.

Portanto, neste versículo, a força do poder divino e a necessidade de os seres se submeterem a esse poder são descritas.

Foi feita uma espécie de explicação do versículo que diz:

– A passagem do estilo indireto para o direto neste versículo permite-nos compreender a seguinte lição:

O Altíssimo Deus expõe a situação dos humanos e dos gênios, que são os que mais deveriam observar a medida da justiça à qual todo o universo está sujeito, e, por assim dizer, diz o seguinte:

“Mesmo com suas imensas massas, os corpos celestes e terrestres, sem consciência, não violam as leis estabelecidas por Deus, mas as respeitam e obedecem. Vocês (ó seres conscientes, humanos e gênios!), não deveriam obedecer ainda mais aos decretos de Deus? Com que audácia vocês ousaram rebelar-se contra o Senhor deste vasto universo?”

Aqui, não há uma advertência para que as pessoas não ultrapassem os limites da justiça celestial e perturbem o equilíbrio cósmico, mas sim para que não ultrapassem os padrões de justiça estabelecidos para elas, os padrões de justiça que o Alcorão estabelece.

– Da mesma forma, a expressão do versículo em sua tradução deve ser entendida dentro do contexto das explicações acima.

As teorias que afirmam que o universo é consciente podem não ter valor científico em seu estado atual. No entanto, podemos imaginar que ele está em uma posição para ouvir a criação e os comandos ontológicos de Deus, de uma maneira que desconhecemos. Sabemos que o Profeta (que a paz esteja com ele) ouvia os animais, as pedras e as árvores falarem. Também aprendemos no Alcorão que o Profeta Salomão conhecia a linguagem dos pássaros e das formigas.

Como exemplo paralelo a esses, aprendemos no Alcorão que Deus também revela a sua vontade a seres inconscientes e inanimados, além dos seres conscientes. Os versículos que seguem, cujas traduções apresentaremos, contêm declarações divinas a respeito dessa verdade:

É um conceito que não foi definido claramente. Por isso, não há um consenso total sobre o que é vivo e o que não é. Por exemplo, é evidente que as plantas não possuem o mesmo tipo de vida que os animais. Considerando a consciência, a característica mais importante da vida (ou seja, a capacidade de estar ciente de si mesmo e do seu ambiente, e de ter sensibilidade e consciência para sentir dor ou alegria), se observarmos o assunto: Através de experimentos científicos, foi comprovado que as plantas, às quais antes não se atribuía consciência e sentimentos, são afetadas pelo estado de espírito das pessoas ao seu redor e pela qualidade dos sons.

Portanto, as plantas também possuem um mundo de sentimentos e consciência. Da mesma forma, existem opiniões que indicam que muitas coisas ao nosso redor também podem possuir algum tipo de mundo de sentimentos e consciência, embora não tão desenvolvido quanto o das plantas. Como exemplo, podem ser citadas publicações que demonstram isso: os estudos do pesquisador japonês Dr. Masaru Emoto mostram “formalmente” que as moléculas e átomos de água possuem uma sensibilidade humana.

Ainda não sabemos exatamente o que é a vida. Cada ser sente a verdade chamada vida de maneira diferente. Muitas coisas nos dão indícios de que eles também podem ter vida (ou seja, podem estar cientes de si mesmos e do seu ambiente, podendo até sentir dor ou prazer). O mestre Bediüzzaman aponta para isso ao dizer…

Além disso, existem relatos de eventos como o da Montanha Sebîr.

Por outro lado.

Existem versículos como esses.

Considerando tudo isso, duas coisas se destacam:

Mesmo que não seja no sentido que entendemos, se tiverem uma forma de vida, podem ter um certo entusiasmo e sabor.

Ou existe algo que é encarregado de tudo (ou seja, que supervisiona as manifestações divinas nele), e esses sinais de consciência e sabor podem pertencer a esses anjos.


Com saudações e bênçãos…

O Islamismo em Perguntas e Respostas

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