“Qualquer muçulmano que morrer sem fazer a jihad, que morrer sem que a religião de Deus prevaleça, que morrer sem se comprometer com essa luta, sem ter a intenção de fazê-la, morreu como um infiel, como Abu Jahl.”
– Essa frase é um hadiz? Qual é a sua fonte? E, se for um hadiz autêntico, o que devemos entender por ele?
Caro irmão,
Não encontramos nenhuma tradição islâmica (hadith) nesse sentido.
Devido a uma interpretação errada de alguns hadiths sobre o assunto, ou
“Aquele que fizer isso morrerá como um pagão.”
Talvez tenha sido cometido um erro devido a algumas narrativas de hadices como essa.
Além disso, mesmo que um muçulmano cometa um pecado grave e se torne pecador e ímpio, ele nunca se torna um infiel.
Segue uma narração de um hadith sobre o assunto:
“Quem não se irrita ou se enfurece sem motivo?”
-por intenção-
se morrer sem se preparar para a guerra, em uma ramificação da hipocrisia
(contendo em si uma parte de hipocrisia)
morrerá.”
(Mussulmã, Imara, 158; Abu Dawud, Jihad, 17; Nasaí, Jihad, 2; Ahmad ibn Hanbal, 2/374)
Abdullah ibn Mubarak considera que este hadith se aplica apenas ao período em que o Profeta (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele) estava vivo. Outros estudiosos, no entanto, acreditam que o hadith é válido para todos os tempos. Seu significado é: aquele que não participa da jihad e não tem a intenção de participar – aquele que foge da guerra, não vai à guerra, fica para trás – manifesta uma característica dos hipócritas.
(Comentário de Al-Nawawi sobre o hadith em questão)
Ser rotulado como hipócrita não significa ser um descrente. Significa que é uma característica inadequada para um muçulmano. Porque um crente…
-para que seja um verdadeiro crente-
Não é necessário que todos os seus atributos sejam de um crente a todo momento. Por exemplo, a mentira também é um atributo da incredulidade. Mas um crente não se torna incrédulo por mentir. Da mesma forma, um incrédulo…
– uma característica da fé
– Ser honesto não é sinônimo de ter fé. A escolha desse estilo no hadith visa incentivar a participação na guerra santa e servir como um alerta para não ficar para trás.
De acordo com Tîbî, aqueles que abandonam a luta contra a alma e o diabo também estão incluídos na abrangência deste hadith.
– É obrigação de todo muçulmano adulto e de sã consciência dedicar-se à luta na via de Deus.
Quando é declarada a mobilização geral, a participação ativa na guerra torna-se obrigatória para todos que podem carregar armas. No entanto, quando não há mobilização geral, mas as guerras em nome de Deus continuam, a participação ativa dos muçulmanos nessas guerras não é obrigatória para todos; basta que aqueles que assumem essa responsabilidade a cumpram.
– Abandonar completamente a jihad na via de Deus, quando é um dever para si, ou decidir nunca participar de uma guerra é um sinal de hipocrisia.
– Todo muçulmano, mesmo que não seja obrigatório para ele participar da jihad em uma situação específica, tem a intenção de fazê-lo com prazer quando for necessário lutar por Deus.
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– “Aquele que morre sem prestar juramento de lealdade ao imã de sua época, é como se estivesse na era da ignorância…”
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas